Antes uma forma de monetização de pequenos publishers a grandes portais e sustentado especialmente por páginas de compras coletivas, o marketing de afiliação está se expandindo tanto em modelo de negócio como em distribuição à medida em que evolui como mercado.

A Zanox, empresa de marketing de afiliação fundada na Alemanha em 2000 e com operação no Brasil desde 2005, teve 22,5% de seu faturamento proveniente de sites de desconto e cuponerias, players especializados e mais próximos da decisão de compra do consumidor.

“Temos um grande volume de tráfego com publishers de conteúdo, mas o tráfego dos sites de desconto e cupons é mais qualificado, o que permite maior receita, conversão e retargeting”, diz Monalisa Rigo, team leader operations da Zanox no Brasil.

Iniciativas como mobile commerce e mídia programática também estão no radar da companhia germânica, que enxerga o mercado nacional como promissor e com grandes players potenciais, mas ainda correndo atrás das melhores práticas multiplataforma – o marketing de afiliados já é maduro nos Estados Unidos e na Europa.

Outro potencial problema no Brasil é a ótica de agências, que enxergam sites de afiliados como concorrentes, e não complementares.

“As agências precisam de mais tempo para ‘comprarem’ a ideia, mas trabalhando juntos temos resultados legais”, conta a executiva, citando como case o trabalho com a Havas e a Durex (marca de preservativos) durante o Carnaval.

“Começamos com apenas o Groupon como cliente, que gerava praticamente todas as vendas. Quando iniciamos o escritório brasileiro ele representava 90% de nosso budget. Hoje em dia é menos de 10% do faturamento”, diz Monalisa.