Segundo estudo da Teads, 33% dos brasileiros acreditam que publicidades com pessoas LGBTQIAP+ ajudam a mudar atitudes e preconceitos

Junho é o mês de celebrarmos o orgulho LGBTQIAP+, mas a preocupação com respeito e inclusão deveria ir muito além dos 30 dias do sexto mês do ano. Pensando nisso e, com o objetivo de avaliar o progresso da sociedade brasileira neste tema, a Teads realizou a segunda edição de sua pesquisa sobre a relação dos consumidores com as marcas quanto ao apoio à diversidade sexual e de gênero.

Segundo o levantamento, 33% dos brasileiros acreditam que publicidades que mostram pessoas LGBTQIAP+ ajudam a mudar atitudes e preconceitos em relação a esse grupo, representando um resultado equivalente ao encontrado na primeira edição do estudo, realizado em 2022.

A pesquisa também revelou que 25% dos entrevistados têm visto com frequência campanhas de marcas que apoiam a comunidade, o que indica que, apesar de poder ser um importante motor de mudança, o setor ainda é pouco explorado para tal fim. Contudo, foi notada uma evolução sobre o tema uma vez que, nos dados do ano passado, apenas 16% afirmavam acreditar que as marcas alinham suas campanhas à promoção de diversidade e inclusão.

Já com base em uma pesquisa do Datafolha, divulgada em 2022, que apontou que 9,3% da população adulta do país se identifica como LGBTQIAP+, um dado que reforça a importância de ampliarmos a discussão e inclusão desta minoria em campanhas publicitárias, o estudo da Teads apontou que, apesar de 40% das pessoas considerarem o tema importante, metade dos entrevistados acreditam que não é relevante que as marcas promovam diversidade e inclusão para a causa em seus negócios ou na sociedade.

A pesquisa também identificou que 37% dos respondentes sentem-se incomodados com a publicidade que exibe pessoas LGBTQIAP+, sendo a geração X a que mais demonstra desconforto, com 42% das respostas confirmando o fato.

Outro ponto levantado pelo estudo foi que uma porcentagem significativa dos entrevistados, 20% deles, ainda acredita que muitas marcas que colocam a bandeira da equidade gênero e diversidade sexual em suas comunicações fazem rainbow washing, termo utilizado para apropriação do movimento como forma de autopromoção de empresas ou pessoas que não estão verdadeiramente comprometidas com a causa. Desta forma, essa porcentagem acredita que as empresas promoverem campanhas no Mês do Orgulho sem atuar, efetivamente, em ações que gerem impacto real na sociedade.

"A pesquisa revelou um cenário desafiador também no âmbito social. Observamos um ruído no entendimento da população - há uma divisão quase exata entre a parte que acredita que campanhas que mostram pessoas LGBTQIAP+ ajudam a mudar atitudes e preconceitos e a parcela que ainda se sente incomodada com essa exibição. No entanto, mesmo diante de um longo caminho a ser percorrido, é imprescindível que as marcas entendam a urgência desta pauta, contribuam de forma contínua para a causa e firmem compromissos reais de equidade e inclusão", afirmou Cau Stéfani, líder de research & insights da Teads no Brasil.