A quarta edição do projeto é dividida em três módulos e tem previsão de duração até novembro

A AlmapBBDO anunciou a quarta edição do Sala Almap, desta vez em parceria com o cliente G10 Favelas, bloco de Líderes e Empreendedores de Impacto Social das Favelas. A edição aconteceu, pela primeira vez, de forma presencial, no Pavilhão do Bloco, em Paraisópolis (SP).

A nova edição retomou e reforçou a proposta do projeto em atuar lado a lado com instituições especializadas em atenção a grupos de inclusão socioeconômica.

Com previsão de duração até novembro, a quarta edição do Sala Almap é dividida em três módulos, sendo eles Trilha Publicitária, Trilha Audiovisual e Inclusão no Mercado (que desenvolverá soft skills). Com aulas semanais, os jovens terão a oportunidade de conhecer sobre o mercado publicitário, incluindo processos criativos, ferramentas, estratégia e posicionamento de marca.

"O mercado publicitário é notoriamente um meio formado por pessoas de maior poder aquisitivo, então aqui temos uma chance de incluir jovens periféricos, e com isso levar a cultura da criatividade das favelas para fora dela", afirmou Gilson Rodrigues, Presidente do G10 Favelas.

Neste ano, os alunos terão aulas com direcionamento para produção audiovisual, especialmente porque o próprio Pavilhão abriga os estúdios do +FavelaTV e do Sou+Filmes de Favela, projetos do Grupo Sou+Favela, ecossistema de comunicação e entretenimento na periferia, impulsionados pelo G10 Favelas.

Lançado em 2020, durante a pandemia, o projeto tem como objetivo fomentar efetivamente a formação de jovens talentos com foco no mercado de comunicação, contribuindo para levar oportunidades para um número maior de pessoas. As três primeiras edições foram realizadas em parceria com instituições sociais, tal como a Adus, uma ONG voltada para refugiados; a Casa do Zezinho, voltada para população jovem em situação vulnerável; e o Perifa Lions, que dá visibilidade para futuros nomes da publicidade que vivem em periferias.

"Entre as várias iniciativas que temos com nosso cliente G10, consideramos a capacitação de jovens da favela um projeto que esperamos que seja duradouro e a longo prazo. O plano é estender para outros cursos e para além de Paraisópolis nos próximos semestres", destacou Fernanda Tedde, COO da AlmapBBDO.

Ao todo, mais de 100 de pessoas já foram impactadas pelo Sala Almap, com uma taxa de 70% em retenção ao longo das aulas. A estimativa é de que pelo menos 80% dos alunos tenham conseguido uma posição no mercado de trabalho nos meses que se seguiram.

"A potência criativa do jovem brasileiro é obviamente impressionante, mas, para cada jovem que consegue furar a bolha, há centenas que ficam para trás. Fazendo um paralelo, é como se o mercado de comunicação construísse uma hidrelétrica num riacho e desprezasse o rio caudaloso que corre ao lado. Criamos a Sala Almap com o desafio de tentar trazer esses talentos não só para o mercado, mas para toda a indústria criativa. Então trabalho aqui não falta", completou Eduardo Nasi, diretor de Insights Culturais da Almap, que está à frente do projeto desde sua primeira edição.

A turma atual conta com 20 alunos, entre eles jovens transsexuais, negros e mulheres, todos moradores da comunidade. A iniciativa faz parte do Comitê de Diversidade da AlmapBBDO.