Relatório aponta que 98% da população digital brasileira acessou sites ou aplicativos móveis relacionados a entretenimento em dezembro de 2021

O processo de digitalização dos últimos meses e a crescente oferta de soluções fez com que a indústria do entretenimento se transformasse em uma espécie de provedor de primeiras experiências digitais para os brasileiros, considerando o acesso a  conteúdos como programas de televisão, filmes, humor, e, principalmente, música.

É o que indica relatório da Comscore, que registra que 98% da população digital brasileira acessou sites ou aplicativos móveis relacionados a entretenimento em dezembro de 2021. É um uso fomentado pelo consumo de músicas que impulsiona tanto as plataformas de streaming como os canais de YouTube voltados à categoria, que capturam quase um terço (30%) do tempo total consumido na plataforma.

O dado, segundo o estudo, mostra que o segmento, em comparação com outras atividades nas redes, fica atrás apenas das categorias de serviços, incluindo emails, e notícias. Acima, porém, das redes sociais, e é responsável por 16% do tempo total da navegação online.

“No geral, o entretenimento no Brasil tem um alto alcance em comparação a outros países e outras atividades on-line. Em computadores e dispositivos móveis, YouTube e Spotify dominam a cena do entretenimento, se tornando principais canais para que criadores de conteúdo e anunciantes alcancem seu público-alvo”, afirma Ingrid Veronesi, diretora sênior da Comscore para Brasil.

As duas ferramentas citadas pela executiva, inclusive, revezam na liderança quando se analisa os tipos de plataforma e conteúdos mais acessados. Em relação ao tempo total online, o YouTube ocupa a primeira posição e o Spotify fica em segundo. Quando a métrica é o total de minutos consumidos, a lideração é do app de música, com 854 minutos por visitante único em dezembro. A ferramenta de vídeo do Google vem logo na sequência, acompanhada pela Netflix.

O estudo trouxe também que o consumo de entretenimento online é, praticamente, unânime entre faixas etárias ou gênero, alcançando quase 100% de audiência. Há, no entanto, variações no período de consumo. Os mais jovens (18 a 24 anos) dedicam quase o dobro do tempo por pessoa - 27 horas por mês - em comparação com maiores de 45 anos - 15 horas por mês.