Dentsu divulga relatório global de investimento em mídia para o segundo semestre de 2023

A Dentsu apresenta o relatório semestral de investimentos, perspectivas e tendências do setor de mídia dentre os principais mercados de consumo em todo o mundo. Os resultados apresentados foram obtidos por meio da análise de dados de 58 mercados e dos principais fatores que afetam as regiões, os setores de publicidade e a sustentabilidade. As previsões de investimentos com publicidade são compiladas a partir de dados coletados pelas agências Dentsu até a segunda quinzena de abril de 2023 com base na experiência do mercado local. As previsões são fornecidas para 58 mercados que cobrem as Américas, Europa, Oriente Médio e África, e Ásia-Pacífico e os meios analisados são: digital, televisão, impresso, out-of-home, áudio e cinema.

Segundo o relatório, o investimento em publicidade deve crescer 3,3% globalmente em 2023. No geral, US$ 727,9 bilhões serão gastos em todo o mundo até o final do ano. As previsões dos gastos globais com anúncios da Dentsu para 2023 apontam para um crescimento contínuo, embora ajustado marginalmente para baixo em relação aos 3,5% previstos no relatório de dezembro de 2022, em grande parte devido a fatores macroeconômicos.

O relatório também mostra o crescimento impulsionado pela inflação dos preços da mídia, em vez do aumento do volume de publicidade, onde se espera que os gastos com publicidade a preços constantes diminuam ligeiramente, com redução de -0,6% ano a ano.

A perspectiva global, no entanto, conforme previsto por especialistas da Dentsu em quase 60 mercados, é mais positiva, com gastos definidos para acelerar mais rapidamente em 2024, aumentando 4,7% para atingir US$ 762,5 bilhões. Esse aumento nos gastos com anúncios está sendo impulsionado por grandes eventos esportivos e sociais, como o UEFA Euro Championship e as eleições presidenciais dos EUA.

No Brasil

O Brasil destaca-se no estudo pelo rápido crescimento no mercado de anúncios em mídia, com um desempenho melhor do que o esperado em 2022. Espera-se um crescimento adicional de 5,4% nos gastos com publicidade em 2023, atingindo US$ 14,1 bilhões.

O mercado se estabilizou após a volatilidade causada pela pandemia com os consumidores equilibrando seu tempo entre a mídia tradicional e a digital. A TV terá um forte crescimento (6,0%) e manter a liderança em gastos com publicidade (48,3%).

As perspectivas para o mercado de anúncios no Brasil são otimistas, com previsão de aumento de 7,4% em 2024, para US$ 15,1 bilhões.

Digital

O investimento em digital continuará crescendo em 2023 com um aumento atípico de um dígito (7,8%), o que aconteceu apenas duas vezes nos últimos 20 anos: em 2009 (consequências da crise financeira) e em 2020 (pandemia de COVID-19). Olhando para o futuro, espera-se que o crescimento de um dígito no digital se torne a norma, com um aumento bastante consistente do dólar ano a ano para 2024 e 2025 (cerca de US$ 26 bilhões), em um cenário de cerca de 60% de participação de mercado total.

Espera-se que os gastos digitais cheguem a US$ 424,3 bilhões até o final de 2023, representando 58,3% de todos os gastos com publicidade, aumentando ainda mais para 59,1% de participação em 2024 e 60,3% em 2025. Espera-se que as categorias digitais emergentes continuem com alto crescimento em 2023, como mídia de varejo (18,0%) e TV conectada (15,2%). A preferência pela compra programática também está aumentando, com previsão de aumento de 14,4% nos gastos com publicidade transacionados de forma programática, atingindo 71,4% de participação nos gastos digitais em 2023.

Do ponto de vista do canal, a perspectiva do relatório global para 2023 mostra uma previsão mista, talvez, mais notavelmente, uma queda nos gastos com anúncios de televisão para o ano. Espera-se agora que os gastos com anúncios na TV caiam -3,1%, totalizando US$ 170,2 bilhões até o final do ano, o que por si só parece ser um pontinho temporário em sua tendência tipicamente ascendente de gastos, com crescimento positivo retornando para 2024 em diante.

(Créditos da imagem: Eleni Afiontzi/Unsplash)