Serviço de analytics deve encerrar 2022 com crescimento de 35% ante o ano anterior

A agência de relações públicas Ketchum lança ferramenta-proprietária fundamentada em dados colhidos pela empresa ao longo dos últimos dez anos, e agora disponível ao mercado para o gerenciamento de reputação de marca. Com o Precision, mais de sete mil influenciadores foram mapeados.

O recurso, já utilizado por 16 clientes, deve ajudar a Ketchum a impulsionar o serviço de analytics, que avançou 25% de 2020 para 2021. A expectativa é de que a expansão alcance cerca de 35% até o fim deste ano, com atualizações de machine learning.

A iniciativa nasceu da necessidade de medir o impacto dos resultados obtidos no negócio a partir de investimentos em comunicação e identificar tendências a partir de social listening, além de ajudar na gestão de crise, em qualquer mercado que tenha tecnologia para acesso a dados.

Faz ainda o monitoramento de campanhas, inclusive de comunicação interna, para possíveis correções de rota e o acompanhamento de assuntos ligados ao negócio ou a pautas sensíveis à marca, como gênero, diversidade e inclusão.

Caio Bamberg, CEO da Ketchum: narrativas capazes de apoiar decisões de negócios (Divulgação)

“A inteligência mostra quem são os criadores capazes de construir narrativas que apoiem decisões de negócios”, explica Caio Bamberg, CEO da Ketchum. A afinidade de conteúdo ocorre conforme o recorte local ou nacional. Negócios, conteúdos, publishers e creators são cruzados para indicar o que funciona, assegurando a entrega de visibilidade, alcance e frequência.

O trabalho consultivo de insights e análise de comportamento auxiliou a Havaianas, da Alpargatas, a escolher um anime para uma nova campanha de moda.

A ferramenta pode estar acoplada ao escopo do cliente, ser contratada para projeto consultivo ou adquirida isoladamente. Mas só a coleta dos dados não basta. Inteligência humana é colocada a serviço do cliente para interpretar de forma correta os dados conforme o objetivo do projeto.

O trabalho da Ketchum esbarra na promessa ofertada pela propaganda. O executivo enxerga proximidade ao observar estratégias centradas hoje na jornada de comportamento da audiência.

“Antes, a proposta da publicidade se concentrava mais em canais, enquanto as agências de relações públicas eram mais associadas à assessoria de imprensa e relacionamento com a mídia do que à reputação”, compara Bamberg. Mas o modelo estrutural dos negócios é diferente.

“Hoje, a publicidade continua a ter o seu modelo mais condicionado à mídia paga, enquanto o mercado de relações públicas constrói narrativas a partir das mídias orgânicas, proprietárias e compartilhadas”, diferencia Bamberg.