Mais lidas no site PROPMARK mostram 2019 tragicômico
O ano de 2019 foi marcado por diversas notícias. Para o mercado da comunicação, um bom termômetro para avaliar o período é dar uma olhada nas mais lidas no site do PROPMARK. Por isso, o jornal relembra neste texto as matérias que mais bombaram em nossa versão online.
Em janeiro, por exemplo, entre as cinco notícias mais acessadas esteve a Carta aberta ao presidente Bolsonaro, editorial assinado por Armando Ferrentini, publisher do PROPMARK.
No texto, Ferrentini abordava as críticas do então recém-empossado presidente às bonificações por volume (BVs). “Tentar acabar com as mesmas para castigar meios de comunicação que lhe são críticos, caro presidente, é o caminho mais curto para aumentar as suas dificuldades e para o Brasil retroceder, em um mercado do qual todos nos orgulhamos”, dizia o artigo.
Em fevereiro, a mobilização de marcas no resgate de 1.500 animais em canil clandestino em SP foi a notícia mais lida do mês. Além da Polícia Ambiental, a ativista Luisa Mell participou da ação e agradeceu o apoio de marcas como Cobasi, ClickBus e Dog Hero.
Luisa lembrou que o local fornecia filhotes para grandes redes de petshops e denunciou a Petz como uma das compradoras. O presidente da empresa, Sergio Zimerman, pediu desculpas e, posteriormente, anunciou o fim da venda de filhotes, conforme noticiou a repórter Jéssica Oliveira.
Em março, veio o que parece ser a polêmica do ano: o vídeo de Bettina Rudolph. Conforme noticiou a repórter Marina Oliveira, a campanha digital da Empiricus, publicadora de conteúdos financeiros, viralizou e o texto ficou famoso: “oi. Meu nome é Bettina, eu tenho 22 anos e um milhão e 42 mil reais de patrimônio acumulado”. O fato virou meme, ganhou paródias e repercussão nacional.
A empresa voltou a apostar na jovem em uma nova campanha, lançada em outubro. Nela, a moça pedia desculpas ao público e anunciava uma reestruturação da companhia. Tudo em um vídeo de 26 minutos – com um teaser de um minuto e 16 segundos – admitindo que errou e passou uma falsa impressão.
Março também foi o mês em que o cachorro Chico comeu o cartão do Itaú de sua dona, que relatou o fato em um post no Facebook. A instituição financeira entrou na brincadeira e a publicação viralizou.
Abril marcou o início da febre Vingadores: Ultimato. O longa, que se tornaria a maior bilheteria da história, ganhou um combo do Cinemark no formato de Manopla do Infinito. A procura foi tanta que a notícia foi a mais lida do PROPMARK naquele mês.
O quarto mês do ano também foi marcado pelo anúncio da Heineken com seu primeiro refrigerante criado para o Brasil, o “FYs”, que chegou nos sabores cola, guaraná, limão e laranja em versões regular e zero e embalagens de 350 ml e 2 litros.
Em maio tivemos a campanha de Ninho da Nestlé assinada pela Publicis como o grande destaque. A matéria não foi apenas a mais lida daquele mês, como a mais acessada do ano. “Foi uma das poucas propagandas que resolvi assistir até o final”, disse à época um dos internautas em um comentário no YouTube. A comoção era justificável: a ação contava histórias de mães exemplares, como a que criou a filha que nasceu sem uma perna, ou a que apoiou o filho que sofria bullying porque queria ser bailarino. Tudo embalado pelo hit Because You Loved Me, da cantora Celine Dion. Os versos foram interpretados por um coral de crianças.
“As histórias que retratamos são reais e conversam com toda mulher que lida com esse dilema de deixar que os filhos sejam quem eles querem ser e, ao mesmo tempo, tentar protegê-los do mundo. Elas são emolduradas por uma música que simboliza em cada palavra tudo o que significa ser mãe”, disse Domenico Massareto, CCO da Publicis à época de lançamento.
Já em junho o especial de Cannes Lions foi o mais lido do site. A cobertura teve a equipe formada por Kelly Dores (editora-chefe), Paulo Macedo (editor do jornal), Leonardo Araujo (editor do site), os repórteres Claudia Penteado, Felipe Turlão e Alisson Fernández, e o fotógrafo Alexandre Oliveira. Entre os destaques do evento, vale mencionar o êxito da AKQA vencendo dois Grand Prix no festival.
O Brasil terminou sua participação no festival publicitário mais famoso do mundo com 85 Leões dentre as 27 categorias, incluindo os dois Grand Prix, sete Ouros, 22 Pratas e 54 Bronzes.
Em julho, o site adiantou que a Fiat iria substituir Paolla Oliveira pela personagem Vivi Guedes, em matéria assinada por Jéssica Oliveira. A ação capitaneada pela Leo Burnett foi um dos merchans diferenciados que a Globo lançou com a novela A Dona do Pedaço. A Casas Bahia também colocou seu garoto-propaganda, Fabiano Augusto, na trama. Sem falar na participação do personagem Rock, lutador interpretado por Caio Castro, que virou garoto-propaganda da rede varejista em um anúncio que começou dentro da novela e foi para o break.
Já no mês de agosto, a parceria entre o youtuber Felipe Neto e o jornalista João Pedro Paes Leme na criação da empresa Play9 foi o destaque. Uma empresa que nasceu para ser um hub de inteligência para levar soluções digitais integradas aos clientes, sejam eles marcas pessoais ou empresas.
Caminhando para o fim do ano, setembro foi o mês em que o Nubank roubou a cena numa ação que oferecia meditação para clientes de bancos tradicionais. Aliás, essa foi apenas uma das trollagens do banco digital ao longo de 2019. Em outros momentos do ano que está terminando, a empresa enviou aos clientes um banco tradicional e um urso de pelúcia para ironizar a cobrança dos TEDs, entre outras ações.
Outro que ama uma trollagem é o Burger King. A rede teve a notícia mais lida de outubro com uma ação que enviava boletos para assustar clientes. A marca intitulou os documentos como o “maior medo dos brasileiros”. A criação foi assinada pela David e, na realidade, emitia cupons de desconto.
Em novembro, o mercado lamentou o falecimento das duas filhas do publicitário Orlando Marques, num trágico acidente aéreo.
O mês da Black Friday também foi palco de um embate curioso: Burger King vs. McDonald’s. No lugar de ofensas, as redes trocaram ofertas para ver quem baixava mais os valores dos sanduíches. Depois de o BK anunciar três por R$ 5, o Méqui reagiu e oferece seis cheeseburgers pelo mesmo valor. Quem deveria sair ganhando é o consumidor, certo? Porém, uma notícia do mesmo mês mostrou o contrário.
Segundo o Reclame Aqui, as redes de fast-food foram os vilões da Black Friday. As parcerias feitas para atrair mais consumidores acabaram decepcionando. Com falhas no sistema, clientes não conseguiram aproveitar as ofertas de lanches, principalmente, por meio de redes sociais.
Já em dezembro o Bradesco, em campanha assinada pela Publicis Brasil, emocionou o público com uma animação em 3D que teve um protagonista com Síndrome de Down, conforme noticiou a repórter Marina Oliveira.
Confira a retrospectiva PROPMARK 2019:
Expectativas sobre novo governo e despedidas marcam início do ano
Aquisições, movimentações e nomeações dão o tom do 2º trimestre
Terceiro trimestre evidencia transformação do mercado
Quarto trimestre tem mudanças, novos ciclos e planos para 2020
Simplicidade criativa marca ano da propaganda brasileira em Cannes
PROPMARK investe na renovação da edição online e conteúdo do impresso