Ex-diretor geral da DPZ no Rio faleceu nesta segunda-feira (27)

“Cara séria e sala atapetada nunca deram autoridade para ninguém”. “Todos os meus inimigos são gratuitos. Não ganho o suficiente para pagar por eles”. Essas são apenas algumas das declarações marcantes que fizeram a fama de Edeson Coelho no mercado publicitário carioca. Coelho faleceu nesta segunda-feira (27), aos 93 anos.

Foi dele também um dos mais criativos anúncios da propaganda brasileira: “Faça como a Ford, compre Willys”, criado quando a Ford absorveu a Willys Overland. Coelho teve passagens por anunciantes e veículos, mas foi como diretor-geral da DPZ Rio onde ele teve uma das trajetórias mais longas da sua carreira.

"Lamento o falecimento do Edeson Coelho. Gostava muito dele e confiava na liderança da DPZ Rio. Na verdade ele foi o responsável pela existência da DPZ, porque em 1968 prometera nos entregar a conta da Ford se fizéssemos uma agência, mas o Renato Castello Branco foi mais forte e impediu que a conta saísse da Thompson. Mas aí a DPZ tinha que continuar com seus pequenos clientes e levamos cinco anos, em 1972, para ter um grande, o Itaú", recorda Roberto Duailibi, um dos fundadores da lendária DPZ.

Coelho recebeu várias homenagens do mercado durante sua carreira, como em 1959, quando foi eleito Publicitário do Ano pela ABP, entidade quem em 1986, também o distinguiu com uma Homenagem Especial. Em 1993, foi eleito novamente Publicitário do Ano da ABP, mesmo título dado naquele ano pelo Prêmio Colunistas Rio de Janeiro. O Colunistas também concedeu a ele o Prêmio Contribuição Profissional, em 2012, “como reconhecimento à sua contribuição para o desenvolvimento da atividade publicitária no mercado carioca, ao longo da sua carreira profissional”.