O brasileiro é um ser tecnológico e sociável. Várias pesquisas demonstram que estamos entre os maiores usuários de redes sociais no mundo, como Facebook, Instagram e TikTok -  enquanto os brasileiros são aficionados pelo WhatsApp, por exemplo, criando inúmeros grupos para se aproximar de parentes e amigos, além de usar o aplicativo como ferramenta de trabalho, a maioria dos americanos sequer sabe utilizar o app, optando pelo SMS para enviar mensagens. No campo dos jogos eletrônicos, a participação do país não poderia ser diferente.

Reportagem especial preparada nesta edição faz um raio X do setor de games. É um mercado que não para de crescer. A indústria mundial do segmento deve movimentar US$ 203,1 bilhões (R$ 1 trilhão) em 2022, um crescimento de 5,4% em relação ao ano passado, de acordo com a consultoria Newzoo.

Algumas das principais empresas de games do exterior atuam no Brasil. E muitos estúdios brasileiros estão despontando lá fora com jogos cada vez mais sofisticados. Isso é o que aponta a pesquisa da Indústria Brasileira de Games 2022, coordenada pela Abragames (Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos), em parceria com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

A estimativa é que o comércio relacionado a jogos digitais no Brasil movimentou mais de US$ 2,3 bilhões de dólares em 2021 e quase 75% da população joga com frequência. Relatório da XDS Summit indica que nos últimos dois anos as desenvolvedoras de jogos e as publicadoras deram visibilidade ao Brasil como sendo potencialmente a região mais promissora para a prestação de serviços de External Development.

Além disso, estima-se que hoje em dia haja no Brasil mais de 12.400 profissionais trabalhando com desenvolvimento de games, sendo 30% desse total composto por mulheres. Na pesquisa de 2014, esse número era de apenas 15%, enquanto em 2018 a marca era de 20%. E mais da metade das empresas brasileiras afirma ter uma força de trabalho diversa, com pessoas pretas, pardas ou indígenas, estrangeiros, portadores de deficiência ou da comunidade LGTBQ+.

Mercado em ascensão, não é novidade para ninguém que faltam profissionais especializados para atuar na área. Digamos que é um oceano aberto. A demanda é, inclusive, traduzida em uma ampla oferta de cursos. Existem hoje mais de quatro mil cursos de graduação de jogos digitais ou de design de games cadastrados no Ministério da Educação, praticamente tudo do setor privado - apenas 0,27% do total é do setor público.

Obviamente, a publicidade não poderia ficar de fora desse mercado altamente atrativo e lucrativo. Pipocam exemplos de grandes empresas que marcam território com iniciativas na área e agora também no metaverso. Um grande player do mercado financeiro que tem tradição em games e eSports é o Banco do Brasil. Em outubro, o BB fará o lançamento oficial de seu mais novo produto neste segmento, na plataforma de jogos Roblox, durante a Brasil Game Show (BGS). A estratégia do banco é posicionar a marca dentro de um multiverso de brasilidade para o público infantojuvenil.

Rock in Rio
Considerado um dos maiores festivais de música do mundo, o Rock in Rio chega a sua 20ª edição. Criado em 1985 por Roberto Medina, o evento gera grande expectativa para público e marcas. Na semana passada, o festival ganhou homenagem por meio do domentário Rock in Rio - a História, em exibição na grade do Globoplay. Neste ano, o festival será realizado entre os dias 2 e 11 de setembro, no Rio de Janeiro. Estarão presentes como sponsors Americanas, C&A, TIM, Volkswagen, Ipiranga e Natura. TikTok entra como patrocinador de conteúdo.

Armando Ferrentini é publisher do PROPMARK