A mediatech nacional tem como meta alcançar um faturamento de R$ 200 milhões de receita bruta em 2023

A Play9 chegou ao mercado em 2019 e nasceu de uma história de parceria entre o já conhecido na internet, o comunicador digital Felipe Neto, o jornalista e empresário João Pedro Paes Leme e o ex-diretor do Comitê Olímpico Brasileiro Marcus, Vinicius Freire.

“Desejávamos criar uma empresa que tivesse como objeto principal a relação entre a criação, produção de conteúdo e sua estratégia de distribuição. Mas queríamos fazer isso de forma diferente, entendendo os influenciadores e as marcas como mídia, como publishers”, contou João Pedro, conhecido como JP.

Após quatro anos, a mediatech possui cerca de 8 bilhões de visualizações mensais em todas as plataformas (TikTok, Instagram, Facebook e Kwai), além de três unidades de negócios, sendo elas a Play9 Brands, focada em soluções para marcas; a Play9 Talents, responsável pelo agenciamento dos influenciadores e Play Action, área de produção.

Para além do sucesso nas redes, a empresa também é um sucesso financeiro. De 2019 para 2023 o gross merchandise volume (GMV) da empresa, que consiste na mensuração do valor total das vendas de um estabelecimento dentro de um período específico, teve um salto de R$ 3,9 milhões para R$ 132 milhões. Para 2023, a meta da Play9 é chegar à marca de R$ 200 milhões de receita bruta.

Segundo Neto, o que explica esse valor expressivo com o passar dos anos é o foco. “Acredito que o foco tenha sido o que ajudou nossos executivos a entender melhor o que estava acontecendo na indústria. Porque, no início, você sempre acha que pode resolver todos os problemas que o mercado da comunicação está vivendo, mas aos poucos, com maturidade, vai descobrindo onde dar mais atenção. E fizemos isso, principalmente na questão de expansão de audiência com os influenciadores e as marcas”, afirmou o sócio-fundador da empresa.

Ao longo dos anos, a Play9 já soma trabalhos com mais de 500 marcas, sendo algumas esporádicas, como Itaú, Carolina Herrera e Boticário, e outras de forma mais recorrente, como Seara, Prime Video, Ifood, NBA e Reserva. Por ter sido criada poucos meses antes da pandemia, a empresa também foi uma das responsáveis por estabelecer o live commerce no país com o Show da Black Friday, projeto feito com a varejista Americanas. Durante três anos seguidos, a iniciativa reuniu diversos influenciadores e foi apresentado por Felipe Neto em um esquema que misturava gincanas, shows e os anúncios de descontos da data.

Falando em influenciadores, atualmente a Play9 conta com um casting de 90 influenciadores, com nomes como Galvão Bueno, Fátima Bernardes, Valentina Bandeira, Paola Carosella, Rodrigo França, Larissa Gloor e o próprio Felipe Neto.

Segundo JP, o trabalho de seleção dos nomes que entrarão para a empresa consiste em um processo que une a análise de ferramentas que analisam métricas das principais plataformas, de percepção dos nichos e da não-canibalização nesses nichos.

“O cast da Play9 tem algumas características importantes, como a geracional. Temos perfis das gerações Z, Y, X e Baby Bommer. Nós costumamos equilibrar essa questão geracional com a de segmentos de conteúdo também. O último aspecto que analisamos é o número de inscritos ou seguidores, porque aí podemos ter gigantescos números de influenciadores que falam com públicos mais genéricos ou um perfil mais segmentado com menor base, mas alto engajamento. É um pequeno jogo de xadrez para chegar ao melhor time possível”, explicou o CEO.

A empresa comemorou o seu quarto ano de existência no dia 27 de junho com as metas batidas, mas para os próximos anos, e Play9 tem como objetivo ampliar o uso de tecnologia proprietária para apoiar o crescimento de um assunto que tem estado cada vez mais em alta, a creator economy.

Uma das ferramentas que a empresa vai usar para alcançar essa meta já tem data de lançamento. Em agosto, a Play9 vai lançar a "PlayNest", que foi projetado para auxiliar influenciadores na área e oferecer benefícios como a geração e organização de dados, conteúdo e insights.

"A Play9 pretende se firmar cada vez mais como uma empresa mediatech brasileira com potencial de ser escalável internacionalmente. Esse é um exemplo do que desejamos fazer daqui para frente para potencializar cada vez mais o crescimento da Play9. Mas não queremos parar por aí. Estamos também investindo em empresas tech que tenham ferramentas complementares às nossas e que possam ajudar no desenvolvimento do ecossistema da Play9. Afinal, como costumo dizer, inspirado no querido personagem Buzz Lightyear, o lema da empresa é "Ao infinito e além!", completou JP.