Estudo da CDN analisou reportagens para mostrar exposição do festival em pautas de entretenimento, comportamento e ESG

Estudo realizado pela CDN revelou que a edição deste ano do Lollapalooza rendeu R$ 291 milhões de exposição espontânea na imprensa. Esse valor foi aferido pelo IQEM-V (Índice de Qualidade e Exposição nas Mídias), indicador proprietário da agência que valora e qualifica a exposição na imprensa e nas redes sociais.

A pesquisa mostrou cobertura nos principais veículos de imprensa do país foi além do universo musical, gerando pautas, assuntos, debates e comentários para o público e influenciadores também sobre moda, comportamento e condições de trabalho.

Para este levantamento foram analisadas 1020 publicações em veículos da imprensa brasileira (impressos e online), entre os dias 1º e 27 de março. As matérias foram classificadas em 16 parâmetros e mais de 30 critérios e com uma customização exclusiva para a análise da 10ª edição do festival.

Segundo o IQEM, o tema entretenimento (line-up e programação sobre shows) foi responsável por 70% da exposição do festival.

Chama a atenção a participação de pautas de moda e estilo, categorizadas como comportamento, com 4,5% de participação total do espaço editorial. Os looks escolhidos para o festival ganharam páginas, destaques de homes e galerias de fotos nos veículos analisados.

A presença de influenciadores nas matérias sobre o evento alcançou 8,7% da exposição. Os Top 3 influenciadores do noticiário durante o #LollaBR foram Bruna Marquezine, Anitta e Sabrina Sato.

ESG
A CDN também analisou as matérias sob o ponto de vista de ESG e neste critério a exposição foi negativa para o festival, principalmente em decorrência das notícias sobre denúncias de más condições de trabalho para trabalhadores que participaram da organização do evento.

Em uma vistoria feita no local do evento, o Ministério do Trabalho encontrou cinco colaboradores da Yellow Stripe, empresa contratada pela organização do festival, que estariam em condições análogas à escravidão.

Responsável pelo festival, a Time4Fun precisou emitir comunicado para a imprensa e o público, assim como fizeram os patrocinadores.

Mesmo com a metodologia que avalia o saldo da visibilidade, ponderando notícias positivas e negativas, a exposição do festival e seus patrocinadores, sob o aspecto ESG, foi negativa em R$ 2 milhões, apontou o levantamento da CDN.

Fim da parceria
Na última quinta-feira (30), o Lollapalooza Brasil e a Time For Fun anunciaram o fim da parceria. Segundo o comunicado enviado à imprensa, a Live Nation — acionista controladora da Rock World (empresa organizadora do Rock in Rio) e da C3 Presents —, em uma decisão de estratégia de negócios global, optou por centralizar a operação de todos os seus festivais no Brasil com a Rock World.

“A parceria da T4F com o Lollapalooza Brasil revolucionou o mercado de festivais no nosso país. Estamos muito orgulhosos do caminho que percorremos juntos e por termos transformado o LollaBR em uma marca amada pelos brasileiros. Foi um prazer liderar essa marca e contribuir para o seu crescimento”, afirmou, na última semana, Fernando Alterio, fundador e CEO da Time For Fun.