Para os executivos, o mercado passa por um momento em que os dados precisam estar seguros e disponíveis

Uma pesquisa da Salesforce mostrou que 92% dos líderes das áreas de Analytics e de TI afirmaram que existe um aumento na necessidade de dados confiáveis para trabalhar.

Segundo eles, é preciso que os dados estejam seguros, disponíveis e sejam confiáveis para que a IA consiga trabalhar.

Pensando nisso, os executivos da empresa se juntaram para apresentarem quatro tendências para o futuro dos dados, da IA, experiência do cliente e segurança.

De acordo com a Salesforce, a primeira delas fala que a revolução da inteligência artificial irá se tornar uma revolução de dados. Para Wendy Batchelder, diretora de dados, as organizações só poderão aproveitar o potencial da IA quando ela for alimentada com dados precisos e abrangentes.

"Podemos esperar um forte foco contínuo na privacidade e conformidade dos dados, incluindo a implementação de estruturas mais robustas de governança de dados, o estabelecimento de políticas claras para coleta, armazenamento e utilização de dados e o contínuo monitoramento e auditoria dos dados usados para treinamento", afirmou a executiva.

Wendy também ressaltou que muitas organizações têm enfrentado volumes de dados grandes e isolados que carecem de uma fonte e, por isso, a harmonização de dados será uma das prioridades fundamentais para os líderes empresariais.

"Promover uma empresa forte e orientada por dados requer foco em gerar credibilidade e, em última análise, confiança, para impulsionar sua adoção", completou.

Além desta, outro ponto levantado pelos executivos é que os dados irão continuar sendo democratizados e ficarão mais inteligentes. Segundo Southard Jones, diretor de produtos da Tableau na Salesforce, o foco na democratização dos dados e das ferramentas de analytics tomará um novo rumo em 2024.

"Eles se tornarão mais proativos, identificando automaticamente anomalias nos dados subjacentes de negócios, fornecendo insights em linguagem natural e proporcionando aos usuários a capacidade de fazer perguntas e obter respostas rapidamente, sem recorrer a um analista de dados", explicou Jones.

Outra tendência levantada é o aumento na importância do design para a melhoria da experiência do cliente, do valor do produto e da adequação ao mercado e essa mudança irá refletir em um compromisso com a arte e a personalidade das marcas de software, além de construiu conexões mais fortes com os clientes.  

"Existe uma necessidade crescente de reconhecer o papel crítico do design no cumprimento de metas e no fornecimento de produtos que os clientes não apenas considerem úteis, mas que gostem de usar. A experiência geral do usuário será fundamental e as equipes precisarão levar em consideração o feedback do cliente e incutir um processo de design que inclua prototipagem, compromisso com a experiência do usuário e melhoria contínua", afirmou Ethan Eisman, vice-presidente sênior de design do Slack.

Por fim, a última tendência foi chamada de "nova era de defesa cibernética", que irá surgir para enfrentar novas ameaças. Segundo Kelly McCracken, vice-presidente sênior de detecção e reação na Salesforce, à medida que a inteligência artificial avança, o mercado continuará vendo mais tentativas de infiltração e exploração baseada na tecnologia de sistemas do ecossistema digital.

"Os hackers estão usando a tecnologia para tudo, desde geração de código de programação, quebra de senhas, exploração de vulnerabilidades de dia zero e identificação de configurações incorretas, até engenharia social e deepfakes. Por outro lado, a IA pode ajudar as empresas a automatizarem tarefas tediosas, como reconhecer anomalias, detectar fraudes e tentativas de phishing e prever comportamentos. Isto não só permite que as equipes de segurança aumentem sua eficiência, mas também que identifiquem ameaças rapidamente, em grande escala, e reduzam os tempos de reação" finalizou Kelly.