Objetivo é conectar marcas com a brasilidade de maneira genuína e acelerar negócios de grupos sub-representados, valorizando a cultura

Com três sócios negros e a maior parte do time formado por profissionais pretos, a agência Silva já se diferencia no mercado publicitário por essa característica. Mas não é só isso. Para além do viés racial, a agência quer colocar luz sobre o Brasil real (que tem 56% da população formada por pretos e pardos) via projetos de comunicação e acelerar negócios de grupos sub-representados, como profissionais periféricos, comunidades emergentes e LGBTQIAP+, com alinhamento à cultura popular e regional.

“Queremos ajudar as marcas a se conectarem com o Brasil de uma maneira genuína no sentido de como é possível, do ponto de vista de raça e classe, criar estratégias de comunicação”, explica Clariza Rosa, cofundadora e líder de novos negócios e estratégia da Silva.

Desde 2019 sob a direção de Clariza Rosa, Helena Gusmão, Renan Kvacek e Alan Ferreiras, a agência criativa e produtora de imagem, que nasceu em 2015 inicialmente como uma empresa de casting na periferia, ganhou recentemente mais um sócio, Felippe Guerra, que está fazendo a ponte da Silva com o mercado baiano.

“A agência Silva tem outros negócios para acelerar empresas criadas por pessoas de grupos sub-representados em forma de comunicação e entretenimento, e o mercado baiano tem várias oportunidades nesse sentido”, afirma Guerra.

“Tudo o que a gente faz passa pela questão racial de uma maneira muito forte. Hoje as marcas não nos procuram necessariamente por causa do viés racial, mas são empresas que querem se conectar com o Brasil”, reforça Clariza.

Os sócios Helena Gusmão, Alan Ferreiras, Clariza Rosa, Renan Kvacek e Felippe Guerra/Foto: Rodrigo Oliveira/Divulgação

Com projetos desenvolvidos para marcas como Netflix, Salon Line, Maybelline, Coca-Cola, Fila, Sandálias Ipanema e Farm, a Silva também faz parcerias com agências que resultaram em campanhas com Spotify, Tembici, Continental e O Boticário, para quem criou o projeto Mulheres Invisíveis, um banco de imagens que representou a diversidade na pele de mulheres brasileiras. “Inclusive, estamos negociando com a marca uma nova versão do projeto”, conta Clariza.

Durante um ano, a Silva foi responsável pela produção de conteúdo da página oficial Twitter Marketing Brasil. Atualmente, a agência trabalha com projetos pontuais no modelo sprint. Com sede no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, tem braços em São Paulo e na Bahia. “O que difere a Silva de uma agência tradicional é que, ao trabalhar com modelo sprint, a estrutura cresce a partir dos projetos e reduz à medida que eles terminam. Com isso, é possível ter uma saúde financeira relevante”, diz Guerra.

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