Pitanguy, Coelho, Gordilho e Moliterno: criação ganha diretores-executivos

 

Depois de passar pela prova de fogo que foi a Copa do Mundo, tendo sido responsável pela comunicação de uma série de grandes marcas ligadas ao evento e à seleção brasileira – como Itaú, Brahma, Budweiser e Vivo –, a Africa reorganiza o sistema de liderança de sua criação com a promoção de três profissionais. A partir deste mês, Eco Moliterno, Paulo Coelho e Rafael Pitanguy, antes diretores de criação, passam a responder como diretores-executivos do departamento, atuando como uma trinca que auxiliará o copresidente e diretor-geral de criação Sergio Gordilho a comandar o trabalho realizado para todos os clientes.

“Essa mudança acontece para reforçar nossa linha principal de atuação, que é ser sempre uma agência up to date, buscando tendências e fazendo a coisa mais importante para nós desde a fundação: produzir hits, campanhas que estão sendo faladas, comentadas e compartilhadas”, enfatiza Gordilho. “O Paulo, o Eco e o Rafael sempre foram meus braços direitos aqui, especialmente nos últimos dois anos. E o que a gente tem colocado na rua ultimamente, especialmente o trabalho realizado durante a Copa, tem grande parcela e responsabilidade desses três. Essa promoção reconhece esse trabalho e de toda essa galera que atua junto deles na criação da Africa, fazendo diariamente essa busca heroica para criar mais um sucesso”, complementa.

Além de Gordilho como diretor-geral e da nova trinca de diretores-executivos, a criação da Africa passa a contar com o diretor de criação Humberto Fernandez assumindo a função de head of art. Há ainda outros quatro diretores de criação – Rafael Merel, Alexandre Prado, Luiz Gonzaga e Astério Segundo – e um head of design: Bruno Valença. No total, cerca de 80 pessoas compreendem o departamento. “E em breve teremos diretores-assistentes de criação”, adianta o copresidente.

Complementares

A trinca de diretores-executivos de criação terá uma importante atuação complementar. Eco Moliterno é o principal criativo digital da agência, enquanto Paulo Coelho tem formação de diretor de arte e Rafael Pitanguy, de redator. “Todo mundo hoje fala sobre convergência e criação acima de definições de mídia. A promoção dos três foi uma feliz coincidência nesse sentido, ou algo que inconscientemente já vinha acontecendo e dando certo por aqui”, pontua Gordilho.

Os diretores trabalhavam dedicados a certo grupo de clientes. Agora, a intenção é que possam ter uma atuação mais ampla, passando por todas as contas e indo inclusive além da criação. “Todos os clientes poderão ter a contribuição deles. Além disso, não quero que eles tenham apenas uma dinâmica de diretores de criação, mas também uma atuação executiva presente, passando por outras áreas e me ajudando a, no futuro, ter mais Ecos, Pitanguys e Paulos por aqui”, explica Gordilho.

Pitanguy acredita que a expertise distinta facilitará muito o trabalho total da agência a partir de agora. “Esse novo cargo cria um perfil para unir três habilidades complementares. São três cabeças voltadas numa mesma direção”, analisa. Eco destaca o ganho no trabalho geral da agência. “Os trabalhos que eu desenvolvi até aqui com participação do Paulo e do Rafael ficaram mais encorpados que algo apenas digital. Agora, com essa proximidade ainda maior, isso vai se efetivar para mais clientes”.

Paulo, que participou do lançamento da Africa, em 2002 – tendo nesse meio tempo ido para a Pereira & O’Dell, em São Francisco (EUA), e retornado em 2012 –, classifica o movimento como um reforço no conceito da agência. “A Africa sempre foi uma agência de fazedores, desde a fundação, com o Nizan Guanaes atuando como redator, assim como o próprio Gordilho – que mesmo como principal líder da equipe, também é criativo. Nós três temos histórias diferentes aqui dentro, mas temos como principal ponto em comum sermos fazedores. Isso mostra que a Africa mantém o mesmo DNA, mas não para de evoluir na busca por inovação”.

Sobre o assunto, Gordilho concorda com Coelho e enfatiza que quer ganhar líderes sem perder seu potencial criativo. “Não quero eles apenas como técnicos. Eles continuarão sendo meus centroavantes!”, brinca.

Baixas

Também na semana passada, a Africa perdeu dois de seus diretores de criação. Ricardo Chester deixou a agência após dois anos e meio, bem como Augusto Moya, que atuava há cerca de um ano como sua dupla. Ambos devem ter destinos profissionais distintos, que não foram divulgados até a publicação desta matéria.