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A novela ‘O Sétimo Guardião’, em exibição no horário nobre da Globo, está longe de ser considerada um grande sucesso. A obra vem alcançando índices estáveis no Ibope com média de 27 pontos. No entanto, mostrando que, às vezes, a realidade é sim melhor do que a ficção, ao longo desta semana o público vem acompanhando fervorosamente um desdobramento inusitado dos bastidores da produção.

A separação dos atores José Loreto e Débora Nascimento, que normalmente seria tema a ser tratado de maneira privada, transformou-se em um grande espetáculo midiático com direito a intriga entre o elenco global, repercussões dentro da própria emissora e até mesmo para as marcas parceiras dos envolvidos.

O CASO

Durante o último final de semana, o jornalista Leo Dias, especializado na cobertura de celebridades, noticiou o fim do relacionamento de Loreto e Débora por causa de suposta traição da parte do ator. Na sequência, Marina Ruy Barbosa, que faz o par romântico de Loreto na novela da Globo, passou a ser apontada como “pivô” da separação.

No que seria um apoio à situação de Débora, uma série de atrizes deixou de seguir Marina no Instagram. Dentre elas, Bruna Marquezine, Thaila Ayala e Giovanna Ewbank – esta última, madrinha de casamento da própria Marina.

No entanto, com o passar dos dias, novas “evidências” para o caso foram surgindo, e passou-se a especular que Giovanna teria sido a responsável por contar à Débora sobre uma traição de Loreto e que o ator teria ainda tido affairs com outras colegas de elenco, como Carolina Dieckmann.

REPUTAÇÃO E PUBLICIDADE

Com o crescimento do fenômeno dos influenciadores e de ações digitais entre marcas e celebridades, os brasileiros entenderam que podem exigir as condutas que julgam mais adequadas não apenas das personalidades, mas também das empresas as quais elas representam.

Foi assim com a polêmica na qual o público passou a cobrar que Madonna não lançasse sua parceria com a Anitta pelo fato da cantora ser amiga e ter defendido Nego do Borel, que fez comentários transfóbicos à Luisa Marilac; foi assim com as acusações de racismo contra Donata Meirelles para a Vogue, o que culminou em um pedido de demissão por parte da então diretora da revista (relembre); e está sendo assim agora com a maior briga global já vista.

A fanbase de cada um dos artistas envolvidos vem promovendo comentários em massa nas redes sociais das marcas que trabalham com os atores.

Todas as fotos mais recentes de Giovanna no perfil da Neutrogena, marca de dermocosméticos que pertence a Johnson & Johnson e que traz a atriz como garota-propaganda, estão recebendo uma enxurrada de comentários a favor de Marina.

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A ruiva, por sua vez, vem sendo atacada até mesmo no perfil da Vivara, marca de jóias para a qual divulga a linha de acessórios Life.

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Gagliasso (marido de Giovanna e colega de novela Marina) está sendo criticado nos perfis das marcas Mash e Renault (onde tambem contracena com a intérprete da mocinha Luz).

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O que se sabe é que a Globo está tentando tomar para si o controle dessa narrativa. A emissora já negou as especulações da imprensa especializada em celebridades e entretenimento, que noticiou que o personagem de Loreto morreria na obra para que o ator entrasse na famosa geladeira. “Essa informação não procede. A novela segue em seu ritmo normal”, informou a Comunicação da Globo. O  autor Aguinaldo Silva também reforçou que isso não irá acontecer. Os veículos dizem ainda que o clima dos bastidores é tenso e que Marina estaria preocupada com sua reputação não só perante ao público, mas também com o mercado publicitário.

O PROPMARK está em contato com as assessorias das marcas citadas acima para entender se elas irão se posicionar sobre o caso – uma vez que a questão não está relacionada a elas institucionalmente e nem a seus produtos, e sim à vida “particular” de parceiros.

A situação pode ganhar novos contornos a cada momento, até mesmo porque outras empresas também possuem contratos com os globais.

A relação entre celebridades e anunciantes data-se de décadas, pois os artistas empregam sua credibilidade, popularidade e valores para reforçar os propósitos das marcas.

Porém, o que se vê agora seja talvez o exemplo máximo do principal contra de se usar figuras públicas como embaixadoras. Elas são seres humanos: falíveis, com defeitos e atitudes que nem sempre serão bem avaliadas pelos consumidores.