A Track, agência do grupo DDB focada em digital, data e CRM, está agradando um de seus principais clientes, a Cielo. O motivo? Após sugestão da empresa, a marca vem utilizando a metodologia de agile marketing e uma das estratégias escolhidas foi o design sprint. 

A razão da inovação foi simples: o mercado atual exige agilidade. “A comunicação digital e o marketing passaram por algumas mudanças de formatos, em termos de características, de modelo de trabalho. Então, a gente não tem mais os mesmos prazos de antes”, explica Sergio Baldassari, CEO da Track Brasil.

Segundo Duda Bastos, diretora de marketing da Cielo, em meio a várias outras iniciativas para trazer cada vez mais eficiência ao marketing, tanto estruturais como de processo, a marca implementou um piloto com a metodologia trazida pela Track.

“Usando o modelo de design sprint aplicado às nossas especificidades de negócio, escolhemos um desafio, envolvemos todas as áreas necessárias e entendemos em conjunto as razões do problema, cuja solução passa a ser a missão de um grupo, não de uma área ou pessoa”, esclarece a executiva.

Mas como funciona na prática? “Você consegue mobilizar várias áreas dentro de uma empresa, podendo variar entre produto, TI e o próprio marketing. Falando de forma bem bruta, funciona como uma microagência responsável pelo atendimento de todas as áreas envolvidas, o briefing que entra nessa mesa não é um briefing de comunicação, é um briefing de negócio. Após coleta do briefing, a agência segue direto para discussão e avaliação do mercado, sobre o que acontece e como isso vai refletir na produção das peças e criação”, comenta Baldassari.

Duda também destaca que um dos grandes trunfos, no caso da Cielo, é que o canal digital está na estrutura de marketing. Assim, a empresa consegue enxergar o processo do funil por completo e distinguir os impactos do marketing digital não só no processo de conversão – a estratégia digital passa a assumir um papel fundamental de construção e de alavanca também para a consideração.
“O poder que o alcance do digital tem hoje e a sofisticação que os modelos de atribuição propiciam fazem com que ele seja uma atividade core para a Cielo, contribuindo fundamentalmente para os resultados da companhia”, analisa a diretora.

Duda ressalta que ser ágil é diferente de ser rápido. A velocidade precisa vir com metodologia, com organização, com objetivos muito bem definidos, com ritmo e frequência de entrega, algo que a Track conseguiu alcançar.

“E já estamos colhendo bons frutos, tanto de resultado, quanto de aprendizado. Trazer a opinião do cliente para o centro da discussão, ter insights sobre como empresas de outras indústrias resolvem problemas semelhantes em seus negócios e a tomada rápida de decisão são alguns dos inúmeros ganhos de se adotar essa estratégia”, explica a executiva.

Ganhos para a agência
Segundo o CEO da Track, a principal diferença é que agora há um sentimento de pertencimento das pessoas sobre o trabalho. “O cara para de se preocupar apenas com o aquilo que ele precisa fazer e começa a se preocupar com o trabalho como um todo”, explica.

“Você começa a entender quais são as aflições do negócio, então você passa a entender o briefing a partir da raiz dele e qual é o problema de negócio que a empresa ou alguma área determinada tem. O melhor é que, além do atendimento, também a equipe de criação e planejamento começa a ter acesso direto à realidade do cliente. Eles começam a ter uma visão mais voltada para o negócio, o que gera uma maior maturidade”, comenta.

Para Baldassari, o processo de “automação” é uma realidade de eficiência da operação que vem desde a indústria. “Quando você está plugado com tecnologia você consegue colocar a mente humana ligada naquilo que realmente importa, que é o senso estratégico e intuitivo. O ferramental tecnológico deixa o processo mais rápido, elimina um pouco do erro humano durante o processo e faz com que a eficiência de uma agência se torne mais parruda. Hoje com a tecnologia […] é possível crescer uma receita de forma considerável sem ficar aumentando a estrutura física, ela consegue escalonar o formato de entrega, pois a tecnologia está dando conta desses processos. Essa é uma realidade que atravessa o ambiente da publicidade, passando pelo processo de robotização da indústria, essa é uma condição sine qua non para qualquer empresa que quer continuar crescendo”, finaliza.