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2017 já começou cheio de expectativas para o mercado como um todo. São muitas as apostas de quem quer recuperar o fraco ano de 2016 e se reinventar nos próximos meses.  Recentemente, a Accenture divulgou seu relatório com tendências digitais para o ano novo, mas o PROPMARK quis saber dos executivos das principais agências do país quais as apostas para levar as taxas de ROI às alturas e consagrar o digital de vez no país. Confira as 5  tendências! 

Humanização dos dados

 por  Moa Netto, VP de criação da W3haus 

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Depois da euforia do uso de dados pelos dados, creio que clientes e agências focarão esforços em consolidar e aprofundar dados para encontrar insights relevantes para o consumidor, verdades humanas contemporâneas. Aos poucos vai cair a ficha de que dado sem insight é como um corpo sem alma. Engana, mas não para de pé. Sim, dados são essenciais para o nosso negócio. Mas por mais que os dados nos ajudem a ser mais relevantes, precisos e econômicos, acho que cada vez mais o mercado vai entender que isso não é tudo. Que nossa indústria ainda é sobre informar, convencer, conversar e encantar pessoas.  E que para isso precisamos saber como transformar dados em emoção. E emoção em resultados. 

Marketing automation 

por Bruno Ferrante, diretor de operações da i-cherry  

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Um assunto recorrente no meio digital nos últimos anos, a automatização de marketing estará muito mais em evidência este ano. A evolução das ferramentas faz o trabalho dos profissionais de marketing cada vez mais escalável e preciso. Novidades surgem de todos os cantos do mundo e controlam alguns processos que até então eram de exclusividade dos analistas de marketing das agências e empresas. Com este ganho de escala, os profissionais conseguem não só entregar mais, mas entregar melhor.

Ao contrário do que os mais pessimistas preveem, porém, a automatização de marketing ainda está um pouco longe de substituir completamente a necessidade de um time especializado e de reduzir a relevância de um bom plano de marketing e da compreensão de um cenário macro na construção da jornada do consumidor digital. 

Creative Data e  Mobile (Ad) First

por Paulo Aguiar, diretor executivo de criação da AG2 Nurun 

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Data deixou de ser tendência há algum tempo, hoje é uma questão de sobrevivência. Com a maturidade da disciplina é chegada a hora de fazer uso dos dados na hora de criar, em 2017 espero ver mais boas ideias baseadas em dados, e em alguns casos ideias em que os dados sejam a própria mensagem, como o Spotify fez no final de 2016.

Nos últimos anos discutimos muitos sobre mobile first nas plataformas, hoje começamos a discutir isso nas estratégias de marketing, em 2016 vimos os grandes estúdios lançando trailer de filme em formato 1:1, vídeos verticais e campanhas inteiras criadas para Snapchat e Instagram. Em 2017, acredito em estratégia e conceitos pensados primeiro para o mobile, além de maiores investimentos.

Foco no usuário

por Fernando Tassinari, diretor geral da Criteo no Brasil

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“O foco no usuário será cada vez mais importante. Acredito que continuaremos acompanhando o crescimento do uso de dados para otimização de campanhas e geração de leads às marcas e varejistas em geral. Ficará mais clara, também, a importância do mobile como parte do mix de comunicação, e não isoladamente, seguindo o comportamento de navegação dos consumidores e leitores em geral, com a expansão cada vez maior do cross device. Por fim, começaremos a ver as marcas de consumo (eletro eletrônicos, moda, viagem, esportes) direcionando maior volume de investimento para varejistas com o intuito de geração de leads e vendas, muito além do tradicional marketing de branding. Elas se preocuparão mais e mais em mensurar o retorno do investimento das campanhas que fizerem.”

Robôs, robôs, robôs

por James Scavone, diretor de criação e sócio da Salve

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 2017 vai ser o ano em que machine learning e inteligência artificial vão estar cada vez mais presentes. Desde coisas simples como chatbots até assistentes virtuais mais complexos como a Siri, Alexa e Cortana. Machine learning é revolução mesmo, sem medo de usar essa palavra tão banalizada. É criar condições para que robôs aprendam até mesmo sem supervisão, sem adicionar mais linhas de programação. É o começo do fim da propaganda que não sabe que está sendo repetitiva, que não sabe quem você é ou onde você está, que não sabe que você já viu aquele liquidificador um milhão de vezes e que já comprou um da marca concorrente. Machine learning é saber ler padrões e reconhecer o indivíduo do outro lado, criando relações melhores entre as máquinas e os humanos. Quanto mais tecnologia, menos tecnológica vai se tornar a percepção da interação. It’s a great time to be alive.