O uso de plataformas sociais está crescendo rapidamente, mas mais de um quarto dos usuários de internet em todo o mundo dizem que ignoram mensagens ou conteúdos de marcas, de acordo com um novo relatório. Os resultados são do último estudo Connected Life, da empresa de pesquisa Kantar TNS, que observou o comportamento digital de 70.000 usuários em 57 países.
Globalmente, 26% dos participantes indicaram que ‘saíram do seu caminho’ para evitar o conteúdo de marcas, um número que subiu para 57% na Suécia e na Dinamarca. Essa porcentagem foi menos acentuada na Arábia Saudita (15%) e no Brasil (19%).
Um problema para as marcas é que muitos consumidores já se sentem bombardeados pela presença das marcas em plataformas sociais, com 34% dizendo que eles se sentem “constantemente perseguidos” pela publicidade online.
O estudo da Kantar TNS constatou que influenciadores e celebridades podem ser a chave para movimentar as visitas às marcas. Duas em cada cinco pessoas (40%) de 16-24 anos disseram confiar mais no que os influenciadores dizem sobre as marcas do que em ‘fontes oficiais’, como jornais, os sites das marcas ou anúncios de TV.
A pesquisa também sugeriu que as marcas precisam pensar mais sobre criar conteúdos multiplataforma, não apenas direcionados ao Facebook. A rápida ascensão do Snapchat e do Instagram é um exemplo disso. Quase um quarto (23%) dos usuários da internet já estão no Snapchat, com um salto enorme de 12% em apenas dois anos. O Instagram também tem aumentado a sua popularidade, com o uso global crescendo de 24% em 2014 para 42%.
“Esse desenvolvimento tem sido alimentado pelo desejo das pessoas por conteúdos instantâneos, entretenimento de amigos, colegas e influenciadores, muitas vezes reforçados por filtros divertidos e de edição”, disse Michael Nicholas, diretor global da Kantar TNS.
Marcas como Disney, Starbucks e McDonald’s usam a localização, por exemplo, para criar filtros no Snapchat envolvendo os consumidores de uma forma não intrusa. “Essa é a chave para superar as percepções negativas de muitas pessoas em relação às atividades online das marcas”.
Com informações do Warc