Fernando Campos: conteúdo faz parte da nossa profissãoO Festival do CCSP (Clube de Criação de São Paulo) começou neste sábado (20) em São Paulo na Cinemateca. Fernando Campos, presidente do CCSP, em seu discurso inaugural, enfatizou que o evento passa longe de ser um negócio. “Esse é um evento de conteúdo e é esse conteúdo que permeia a nossa profissão de criativo”, disse. “Esse daqui já é um evento consolidado”, completou.

Agora, de acordo com Campos, o próximo passo é pensar numa expansão do festival. “Para isso, pensamos em estabelecer parcerias certas para levar o evento, no ano que vem, para fora do estado de São Paulo”. O objetivo, diz ele, é levar as palestras do CCSP para outros lugares por meio de streaming. “Queremos que esse conteúdo rico circule por outros lugares”, garantiu.

A jornalista Laís Prado, do CCSP, disse que o “CCSP está construindo uma marca desse evento”. “Estamos construindo uma marca que será muito importante para a publicidade”, afirmou.

Product placement
O product placement foi o tema da mesa ‘Conteúdo e Marca – De patinho feio a cisne rico’, que reuniu anunciantes e produtoras. A discussão girou em torno dessa categoria da publicidade, que coloca a marca dentro de filmes, séries, entre outras. Lusa Silvestre, roteirista e redator da WMcCann, disse que a publicidade precisa buscar mais a “mão leve do cinema”.

“Espero que vocês consigam enxergar que a propaganda brasileira está muito chata atualmente”, destacou. Para isso, Silvestre defendeu que as agências precisam ter profissionais que pensem exclusivamente em product placement. “Se os publicitários desejem entrar na quadra dos cineastas, eles precisam estudar cinema”, ressaltou.

Carlos Leite, gerente de vendas e marketing da Volkswagen Brasil, defendeu a ideia do product placement. “É um caminho muito bom e que já estamos seguindo”, disse. “Mas queremos saber como fazemos para medir isso”, questionou.

Já para Luciana Rodrigues, da Turner, o que falta são boas histórias para serem contadas. “Na Argentina, por exemplo, não existe essa cultura dos 30 segundos. Se quiser contar uma história em 42 segundos, tudo bem”, disse.

Essa mesa foi mediada por Francesco Civita, sócio e diretor-executivo da Prodigo Films. A produtora também foi a responsável pela curadoria do painel.