O primeiro painel do 8º Fórum de Marketing Digital abordou o tema “Novos Modelos de Negócios: Redefinindo a equação de custo-benefício e a visão de inovação”, com a participação de André Pereira, country manager do Waze; Andrea Pinotti, diretora de marketing do Itaú; Leo Tristão, diretor-geral do Airbnb.

Pereira abriu as discussões falando sobre a atuação do Waze para melhorar a mobilidade urbana e acabar com o trânsito. O Brasil é um dos países mais caóticos nas ruas e com um alto uso de veículos. Para faturar, o aplicativo aposta em 100% de publicidade. “Construímos um modelo de mobilidade de forma utilitária e um marketing que entende o momento e o contexto de navegação, trabalhando para ser a plataforma que aumenta a capacidade de conectar pessoas em movimento a destinos”.

Os carros conectados, por exemplo, é uma das apostas da companhia para ampliar a eficiência e atuação do aplicativo. A onda tecnológica vai ser determinante para o sucesso desse modelo de negócio, exemplifica Pereira. “A GM está promovendo o novo Onix em cima do Waze, pois o carro já está conectado à plataforma”.

Fazer a diferença é o objetivo da marca. “Queremos salvar cinco minutos do dia de cada pessoa e ter milhares nos seguindo por isso, com os nossos mais de 50 mil colaboradores trabalhando voluntariamente para deixar a nossa plataforma melhor e mais informativa. Queremos eliminar o trânsito no mundo e fazer isso de forma eficiente. Por isso, estamos lançando o serviço de caronas no Brasil, porque a cada motorista que der carona, vai ser um carro a menos na rua”.

O Itaú, que trabalha com um forte movimento de digitalização, esteve no evento representado por Andrea Pinotti, diretora de marketing do banco. “As pessoas são mais protagonistas, informadas, conectadas e querem sugerir e criar ruídos de forma exponencial. E como é inovar nesse contexto? Trabalhamos em cima da custumer experience e é cada vez mais importante transformar a experiência do banco em um momento bom do dia”.

Ela também afirma que o banco não se tornou digital, foram os clientes que transformaram os seus hábitos e que mudaram a forma como se relacionam com as plataformas. “A gente tem departamentos dedicados a fazer testes de serviços online com os clientes para personalizar, cada vez mais, as ferramentas que oferecemos”.

Como exemplo, ela explica que o lançamento do App Itaú Light aconteceu justamente porque os clientes instalavam nos celulares, usavam e deletavam logo em seguida, porque o aplicativo era muito pesado, ocupava espaço e exigia uma internet de qualidade. “Foi uma necessidade do consumidor que levou ao lançamento de um app mais leve”. 

Depois de revolucionar o serviço de hospedagem no mundo, o Airbnb quer ampliar o conceito de compartilhamento no mundo. Leo Tristão, diretor-geral do Airbnb no Brasil, afirma que a economia criativa deve gerar US$ 335 bilhões até 2025, com foco em casas e carros. “Além disso, a tecnologia para 84% dos mais jovens os aproximam dos seus amigos e familiares. Para 86%, a vontade de experimentar uma nova cultura os motiva a viajar. Por isso apostamos no Airbnb, porque essa conexão de experiência com a comunidade global faz com que as pessoas se sintam pertencendo aos lugares”.

Alê Oliveira

Os números do Brasil são animadores e tem atraído 31% das pessoas que estavam fora do bolo do turismo. “Tivemos um milhão de hóspedes em 2016 que geraram mais de R$ 2 bilhões em mais de 140 mil acomodações”. 

O 8º Fórum de Marketing digital terá diversas palestras ao longo deste sábado (19), com cobertura em tempo real do PROPMARK. 

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