O Habib’s se manifestou, por meio de um comunicado divulgado por sua assessoria de comunicação, a respeito da morte de João Victor Souza de Carvalho, no dia 26 de fevereiro, após o adolescente de 13 anos se envolver em uma confusão com funcionários de uma loja da marca na Zona Norte de São Paulo. A rede de restaurante foi amplamente criticada na internet após o acontecimento.

O laudo do Instituto de Criminalística divulgado na semana seguinte ao ocorrido atestou que a morte não foi em decorrência de agressões, mas sim pelo uso de entorpecente.

O texto entitulado “Há mais coisas por trás da tragédia do João Victor do que mostram as notícias e as redes sociais” diz que João Victor “caiu vítima do mais trágico conjunto de circunstâncias a que milhares de crianças brasileiras estão vulneráveis nos nossos tempos” e que “Algo poderia ter sido feito. Fatos anteriores já sinalizavam seu destino”, citando boletins de ocorrência em que o menor é acusado de roubo.

O comunicado continua afirmando que o garoto”foi mais uma vítima da dependência química e do abandono de instâncias que teriam a obrigação social e moral de lhe estender a mão”.

A marca lembra que “por tudo o que ocorreu, com tristeza, vimos nossa marca e todos os nossos colaboradores injustamente associados à morte do João Victor. Sofremos boicotes, funcionários foram ameaçados, clientes foram intimidados e recebemos manifestações nas nossas portas, além de acusações, críticas e imputações injustificadas vindas das mais diversas fontes, até que o laudo oficial do Instituto Médico-Legal revelou a real causa da morte”. O laudo, diz o texto, “confirma que nenhuma agressão foi observada, contrariando os julgamentos precipitados”.

No comunicado, a empresa se posiciona dizendo que enquanto buscava “entender o que de fato aconteceu, o tribunal das redes sociais e da opinião pública já havia emitido seu veredito”.

O Habib’s ainda afirmou que todos estão “chocados com a morte de João Victor porque não há algo que simbolize tanto a vida como um garoto de 13 anos de idade. Todas as 18 mil pessoas que fazem o Habib’s estão abaladas, tristes e enlutadas”.

O comunicado ainda lembra as ações de responsabilidade da empresa: o Projeto Ciranda Urbana, fundado há dez anos e mantido integralmente pela empresa e o patrocínio a eventos como o “Só Fica Fera Quem Não Mexe Com Drogas”, que reúne a Polícia Militar do Estado de São Paulo, o Rotary Club e centenas de crianças.

A carta se encerra com o aviso: “O Habib’s e seus 18 mil funcionários lamentam profundamente os fatos ocorridos e se comprometem a manter e ampliar seus projetos sociais direcionados às crianças, acreditando num futuro melhor para nosso país.”