Dados mostraram que os setores mais prejudicados pelo tráfego inválido foram o financeiro, marketing, manufatura, e-commerce e educação

Bots, fazendas de cliques e ferramentas de automatização correspondem a 18% do total de cliques na internet, uma porcentagem que representa um aumento de 58% em relação ao ano anterior, segundo os dados da pesquisa mundial 'State of fake traffic report', realizada pela empresa de tecnologia Cheq.

Segundo a empresa, o uso de inteligência artificial pelos criminosos digitais acelerou o crescimento, gerando prejuízo aos negócios, comprometendo a segurança e desperdiçando os recursos de campanhas digitais.

"Os algoritmos têm de ser cada vez mais sofisticados para lidar com ameaças mais inteligentes e que causam grave resultado aos anunciantes ao distorcer o real comportamento do consumidor e desperdiçar investimentos em campanhas de PPC (Pay-per-Click)", explicou Michel Bekhor da SmartClick, parceira da Cheq no Brasil.

De acordo com o levantamento, os setores mais prejudicados pelo tráfego inválido em 2023 foram o financeiro, marketing, manufatura, e-commerce e educação. Além disso, os dados também apontaram para um crescimento de 32% de bots maliciosos e de 20% no uso de sistemas de automação em comparação ao ano anterior, sendo que 71% do tráfego falso foi feito por desktop e 29% por meio de celular.

Entre as informações trazidas pelo estudo, está o fato de que 4,1% das interações no tráfego pago são falsas e, segundo Bekhor, a cada mil reais investidos, a empresa perde R$ 41. "Combater esta perda está no topo das prioridades dos anunciantes", explicou o executivo.

A análise utilizou uma base de 34 bilhões de cliques recebidos por milhares de domínios para gerar um relatório acurado do cenário digital, com tendências-chave, ferramentas, sistemas operacionais e impactos em diferentes segmentos de anunciantes.