Imagine um país melhor, onde os dirigentes sabem dirigir e os dirigidos são cultos o suficiente para reconhecer essa verdade.

Imagine esse mesmo país tendo acabado de vez com uma classe política em que os maus melhoraram por influência dos bons e não o contrário.

Imagine esse país respeitando seus cidadãos e os fazerem ser ouvidos, procurando seus governantes a partir daí redirecionarem suas metas sempre pensando no interesse coletivo.

Imagine um país que pretende situar-se no topo do mundo e para isso estimula seus habitantes a saberem pensar, habituando-os a essa prática como uma rotina diária.

Imagine a força democrática desse país, tornando realmente independentes os seus Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), sem compadrio e exigindo dos seus representantes a virtude do caráter.

Se você é capaz de imaginar essas coisas, saiba que está no caminho certo, contribuindo para que o seu país se desenvolva, reduza a pobreza e a ignorância, que nem sempre andam juntas, e, sobretudo, impeça a ascensão de desonestos e gananciosos de todos os matizes, criando assim condições para que todos os demais países o admirem e até procurem imitá-lo como modelo de país bem-sucedido.

Há mais de 500 anos os brasileiros de boa índole, que são a imensa maioria, esperam que tudo isso um dia ocorra com este país naturalmente encantador que é o Brasil.

Esses sonhadores sabem que a cada grande crise que nos vitima, dela saímos melhores e mais purificados. E esperam, sobretudo, que a atual, já dando sinais de fadiga, seja uma das últimas a nos atingir com as suas malvadezas.

Se cada uma delas ao longo da história foi um aprendizado, podemos até acreditar que a próxima não acontecerá.

Sabemos que isso pode ser apenas um sonho, mas, por tudo o que a imensa maioria está passando, pode perfeitamente se realizar como tantos outros sonhos.

Principalmente devido às lições que estamos aprendendo e das quais tão cedo não esqueceremos.

Imagine o país livre para sempre dos próprios grandes erros e dos seus vícios de origem. Imagine o país se remodelando depois de tanto infortúnio.

Difícil? Impossível? De jeito nenhum. Basta não esquecer que somos responsáveis pelas nossas escolhas.

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Já se disse aqui mais de uma vez: a recuperação econômica, que começa a dar seus primeiros sinais, deve ser estimulada pela força da comunicação do marketing.

A atividade publicitária é a grande fomentadora do mercado, por este se compreendendo os princípios imutáveis da transferência de bens e serviços entre as pessoas. Dentre estas, as jurídicas com razoável poder de fogo devem intensificar sua presença na mídia, sejam quais forem as múltiplas plataformas à disposição das mensagens.

Assim procedendo, não apenas ganharão com isso, como também e principalmente estimularão as mais resistentes a seguir seu exemplo, condição que os próprios resultados a serem conquistados pelas que saíram na dianteira provocará.

As múltiplas formas de mídia à disposição do mercado não podem ser usadas por todos os que se dispõem a anunciar. Mas cada qual haverá de procurar o seu meio mais adequado e acessível, para fazer girar a roda das receitas.

Repetimos: o início da retomada dessa insubstituível tarefa de anunciar compete aos mais fortes, aqueles que pela sua robustez empresarial não se encontram exauridos. A partir daí, a reação será em cadeia, como sempre ocorreu em todas as etapas da humanidade.

O ferramental publicitário sempre foi indispensável.

Armando Ferrentini é diretor-presidente da Editora Referência