João Santana, ex-marqueteiro do PT, omitiu de suas declarações de Imposto de Renda (2010 a 2014) de pessoa física a sua participação em cinco empresas mantidas por ele no exterior. Santana, que foi responsável pelas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e de Dilma Rousseff (2010 e 2014), e sua mulher, Monica Moura, foram presos na última terça-feira (23) ao desembarcarem no Brasil. 

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Entre as empresas não declaradas, está a Shellbill Finance S/A, offshore usada para receber US$ 7,5 milhões da Odebrecht e do lobista Zwi Skornicki, conforme denunciado pela Operação Lava Jato. Após se tornar alvo da operação, Santana retificou as declarações de Imposto de Renda de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. Ele incluiu a participação societária também nas empresas de comunicação Polistepeque Comunicaciony Marketing S.A, Polis Caribe Comunicacion Y Marketing, Polis America S.A, Polis Propaganda. Isso aconteceu ao mesmo tempo em que a Operação Lava Jato já estava investigando supostos repasses de propinas de empreiteiras ao PT em forma de doação eleitoral. 

O rastreamento da Receita atendeu à ordem do juiz federal Sérgio Moro que deferiu a quebra do sigilo fiscal do casal entre 1º de janeiro de 2004 a 21 de setembro de 2015. João Santana e Mônica Santana foram indiciados, onde suas duas agências, a Polis Propaganda e Marketing e a Santana & Associados Marketing e Propaganda, são alvo do mesmo procedimento. 

Com informação de O Estado de S. Paulo