A Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) se posicionou em relação ao banimento da publicidade em canais digitais, como Google, YouTube, Facebook e outros. No comunicado, a entidade diz que acredita e espera que a sucessão de relevantes problemas que atingiram a área de mídia digital nos últimos meses levará esse meio, por meio dos seus principais players, a reverem suas atitudes e práticas; como a questão do ambientes de veiculação publicitária sem controle; as métricas não aceitas pelo conjunto da atividade e sem a devida auditoria independente; e o elevado índice de fraudes constatadas.
“O momento é excelente oportunidade para o digital demonstrar o compromisso de sua operação não apenas com a sua audiência em geral, mas também com anunciantes e as agências de publicidade, em particular, que a ele têm reservado expressivos e crescentes investimentos”.
A Abap encerra o comunicado afirmando que “para as agências de publicidade brasileiras, ambos os movimentos – o de correção de rumo e o de adoção de novos parâmetros de atuação – são os mais graves e urgentes do cenário atual da atividade publicitária”.
A atitude da Abap tem origem no boicote por parte de grandes grupos de comunicação ao Google e ao YouTube até que eles deem garantias de que grandes marcas não estarão patrocinando, sem querer, conteúdos ofensivos. O que provocou a crise foi a descoberta de que o adserver do Google estaria distribuindo sua publicidade em plataformas com conteúdo extremista. O Grupo Havas UK decidiu tirar toda a sua publicidade no Reino Unido. Outros grupos como Interpublic e WPP vêm analisando a possibilidade de aderir ao boicote . Leia mais sobre o caso aqui.