Alê Oliveira

Teve início no Hotel Pullman, na Vila Olimpia, em São Paulo, a segunda edição do Summit de Comunicação, uma iniciativa da Abrigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) em parceria com a Editora Referência, que edita o jornal PROPMARK e as revistas Propaganda e Marketing. 

O encontro foi criado com o objetivo de disseminar informações, tendências e cases inovadores e surpreendentes da comunicação impressa. Idealizado para os profissionais de marketing e publicidade, o Summit de Comunicação volta o seu olhar para as transformações do meio no momento em que grandes nomes do mercado, como Miles Young e Martin Sorrell, têm declarado que marcas não se constroem somente com a mídia digital. 

Armando Ferrentini, diretor-presidente da Editora Referência, deu as boas-vindas aos participantes do encontro e enalteceu a importância do segmento. “As mídias não desaparecem nem se substituem, elas se complementam”, disse. “E hoje, neste encontro, vamos discutir o papel da mídia impressa”, complementou.

Alê Oliveira

O primeiro palestrante foi Walter Longo, presidente do Grupo Abril. Ele afirmou que um evento com o peso do Summit de Comunicação é fundamental para formar uma consciência sobre a mídia impressa no Brasil. “A mídia impressa se adapta, se reinventa, mas continua com características imprescindíveis”, disse.

O executivo lembrou que houve uma redução na tiragem de exemplares da maioria das publicações. “Mas foi a mídia impressa que descobriu os últimos escândalos de corrupção”, falou o presidente do Grupo Abril.

Ainda de acordo com Longo, a mídia impressa no Brasil tem uma relação custo/ benefício saudável. “A venda de exemplares é autossustentável, mas a sensação de morte iminente foi importada”, afirmou.

Ele disse ainda que, com alguns ajustes na estrutura é possível manter o negócio rentável. “A relevância da mídia impressa não pode ser questionada em nenhum momento”, destacou.

Publicidade

 A publicidade na mídia impressa também foi um dos temas abordados pelo presidente do Grupo Abril. Segundo Walter Longo, já existe um bom sinal para o mundo da comunicação impressa. “Há sinais de recuperação, ainda tênue, da publicidade em mídia impressa”, garantiu o executivo.

 Ele citou como exemplo a revista Vogue, da Inglaterra. “A Vogue completou cem anos com o maior faturamento publicitário da sua história”, exemplificou Longo. “O papel é e sempre será portátil, versátil, entre outras características”, disse.

Para Walter Longo, a revista deve se posicionar como um antídoto contra a sobrecarga que vem do mundo digital. “A migração do papel para o digital é um mecanismo de adição, não de substituição”, garantiu.

O executivo ainda citou um exemplo que ilustrou bem as novas funções do mundo digital. “Cabem ao mundo digital as tarefas de ‘o quê’ e ‘quando’, enquanto para a mídia impressa o ‘por quê’ e ‘como’”, disse. 

Alê Oliveira