Quando uma empresa, independente de seu porte e importância no mercado, passa por um momento de crise, seus gestores buscam soluções e práticas que possam minimizar os impactos em seus resultados financeiros, desgastes em suas equipes e, posteriormente na otimização do tempo. Entretanto a inovação em seus departamentos para solucionar seus eventuais problemas, pode levar tempo e ser cercada de burocracia.

De olho nessas necessidades, as startups brasileiras estão se destacando oferecendo soluções que possam viabilizar cada vez mais a sua atuação em seus respectivos mercados. E nesses exemplos, a inovação não está ligada somente a tecnologia, mas no que essas incubadoras de boas ideias podem fazer para o aumento da produtividade nas corporações, e nesse momento de incerteza, cortar seus custos.

Buscar as saídas fora do ambiente corporativo traz um novo olhar sobre problemas que enfrentamos cotidianamente e que podem de alguma forma barrar o crescimento e a evolução de uma empresa.

Voltadas para soluções tecnológicas em diversos setores, as startups também contribuem para que o trabalho nas empresas possa ser mais eficiente. Como é possível?  Usando o conceito de inteligência artificial. E não estamos falando de ficção científica. Estamos usando conhecimento que reduz erros, reduz despesas desnecessárias e otimiza prazos para execução e conclusão de  projetos, estruturado por pessoas que vem se desenvolvendo que estão muito além dos departamentos de tecnologia.

Setores como vendas, marketing, atendimento, planejamento, recursos humanos, qualidade de vida podem ser levados a outros patamares de desenvolvimento com o uso da inteligência artificial. Ela poderá contribuir para que os colaboradores sejam mais produtivos, canalizando seu conhecimento para desenvolver outras estratégias em seus negócios, sem perder tempo com processos burocráticos. A inteligência artificial não é um substituto do ser humano, mas é aquela que o libera para funções e capacidades que estão além da linguagem de uma máquina. 

Empresas há muito tempo existentes e as startups estão no mesmo território, vivenciando as mesmas crises, e novamente reafirmo, independente de qual seja o tamanho, setor e o tempo da crise, o posicionamento e a busca por alternativas será crucial para a continuidade no mercado.

Não podemos prever quando esse ciclo de incertezas terá o seu fim, mas como passar por ele e sair fortalecido dependerá da iniciativa empreendedora daqueles que estão motivados a agregar novas ideias e modelos de atuação ao seu negócio.

Camila Farani é presidente da Gávea Angels e é uma das juradas do programa “Shark Tank Brasil – Negociando com Tubarões”, exibido pelo Canal Sony e Band