O estudo Construindo Laços Fortes de Consumo, capitaneado pela consultoria Youpper – Consumer & Media Insights, procurou avaliar como as atuais formas de construir laços por meio de redes sociais digitais afetam as relações de consumo das pessoas e descobriu, por exemplo, as dez marcas que melhor estão construindo esses laços: Itaú, Nestlé, Samsung, Netshoes, Magazine Luiza, Dafiti, Netflix, Coca-Cola, Adidas e Natura. Os hábitos de consumo no Brasil, nas redes sociais, estão dominados pelos smartphones. Redes de contato e conversa são prioridades no aspecto social: 95% das pessoas ouvidas pela Youpper utilizam, por exemplo, o Facebook e o WhatsApp para se comunicar principalmente com parentes e amigos, mas também com marcas e corporações.

Segundo o levantamento, o boca a boca se tornou fator decisório em planejamentos de comunicação, uma vez que passou a ser potencializado pelas novas mídias, e capaz de aproximar marcas e consumidores que jamais haviam se relacionado fora das redes.

O estudo também indica que sete em cada dez consumidores usam as redes sociais para obter dicas de seu interesse ou buscar informações sobre determinados assuntos, pesquisar informações antes de efetivar uma compra, assim como participar de promoções, além de acompanhar perfis de marcas e produtos. Os usuários das redes sociais tecem laços principalmente com amigos e parentes para falar sobre práticas de consumo e, cada vez mais, gostam de interagir com as marcas.

O comportamento das pessoas nas redes sociais tende a se dar com contatos mais próximos, sendo que a maioria interage com comentários ou curtindo postagens, e tiram proveito das mídias sociais as marcas que melhor entendem como se posicionar diante de comentários aos quais são relacionadas e o timing para começar a falar ou finalizar uma conversa.

“Quando se fala de marcas e empresas, a maior parte das marcas usa as redes sociais de maneira similar aos famosos, criando a sensação de distanciamento. Por isso, os consumidores concentram sua interação em laços fracos, reativos, apenas observando e curtindo os conteúdos. Eles não se sentem convidados a participar de conversas com as marcas. Esse é um sinal claro de que, com maior abertura, é possível se conectar intimamente com o consumidor”, afirma Diego Oliveira, CEO da Youpper.

Segundo o estudo, nove a cada dez consumidores já descobriram marcas e produtos pelas redes sociais, assim como sete a cada dez já deixaram de seguir o perfil de alguma marca pelo tipo de postagens que consideram “irrelevantes” ou “chatas”. Das pessoas ouvidas pelo estudo, 70% acabaram comprando um produto por recomendações de outras pessoas.

Quando o assunto é tirar dúvidas e obter detalhes, oito em cada dez entrevistados afirmaram que vão às redes sociais para buscar informações sobre como os outros consumidores avaliam marcas e produtos. “As mídias sociais transformaram os laços de consumo, pois potencializaram o boca a boca. Antes uma pessoa não gostava de determinado produto, ela compartilhava a sua opinião com uma dúzia de amigos, parentes ou vizinhos mais próximos. Hoje, essa opinião é reverberada à enésima potência com a utilização das redes sociais”, diz Oliveira.