Entre 13 e 15 de agosto, aconteceu o Global Summit da Singularity University, em São Francisco, Califórnia. Foram mais de 1.300 participantes, sendo a metade deles oriunda de 65 diferentes países, com destaque aos brasileiros que estavam em maior número.

Neste segundo ano do Global Summit, sua proposta foi discutir as novas tecnologias e as forças que irão impactar o mundo de forma exponencial nos próximos anos.

Segundo o cofundador e chairman da Singularity University, Peter Diamandis, um conjunto de tecnologias vai alterar radicalmente o mundo. A capacidade de computação vai aumentar tanto que alcançará e ultrapassará o cérebro humano. A conectividade irá unir todo o planeta, colocando bilhões de mentes em uma mesma comunidade. O crescimento considerável dos sensores aumentará muito a capacidade preditiva em relação ao ambiente e ao nosso próprio corpo. A inteligência artificial irá se desenvolver tanto que as máquinas aumentarão significativamente a riqueza do planeta. Agricultura, medicina, engenharia serão exponencialmente desenvolvidas por máquinas e conhecimento humano. Aliás, o próprio sentido de conhecimento humano irá ser redesenhado.

Enfim, o seminário da Singularity University traz uma perspectiva positiva para nosso futuro, quando acabaremos com a fome, resolveremos os problemas energéticos e democratizaremos a educação. Uma evolução tão grande que trará uma nova ordem. O dinheiro deixará de ser o foco, nos tornando livres dele, pois viveremos em um mundo de abundância.

Mas essas mudanças não acontecerão se cada um de nós não decidirmos mudar. Se cada um de nós não trabalharmos para isso.

Na minha perspectiva, este é um evento que expande a compreensão do tamanho da evolução tecnológica e da sociedade. Abre a cabeça para onde a tecnologia pode nos levar: a um mundo de fartura e não mais de carências. E eu não sei se isso tudo é loucura, mas é nisso que eu quero crer.

 Paulo Queiroz é presidente da DM9