O jornal Zero Hora, do Grupo RBS, sobe para a quarta posição no ranking dos maiores jornais do país. O veículo gaúcho aumentou em 8,5% sua circulação total em fevereiro, contabilizando 208.963 edições impressa e digital, em relação ao mês anterior. Com isso, o jornal do Grupo RBS subiu uma posição no ranking do Instituto Verificador de Comunicação (IVC) e, pela primeira vez, passou O Estado de S.Paulo. “É uma conquista”, comemora Marcelo Rech, vice-presidente Editorial do Grupo RBS e também presidente do Fórum Mundial de Editores (WEF), ligado à Associação Mundial de Jornais (WAN).

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A Folha de S.Paulo lidera a lista, seguido por O Globo, do Rio de Janeiro, e Super Notícias, de Minas Gerais. O Diário Gaúcho, também do Grupo RBS, aparece no sexto lugar, um abaixo do Estadão.
Esta performance é resultado de uma série de iniciativas feitas nos últimos meses para transformar o título em uma plataforma de conteúdo e, assim, ampliar o público para diversos pontos de contato. Uma delas é o ZH Tablet, no qual o assinante recebe um tablet para acessar a uma versão digital de ZH que reproduz a experiência de folhear o impresso, porém com opções de interatividade e edições extras do ZH Noite e do Domingo Digital.

O jornal está investindo muito em qualidade da informação, com grandes reportagens e assuntos mais aprofundados no impresso, trabalhando uma linguagem diferente para cada meio. “O papel tem matérias mais aprofundadas, a leitura no online é mais ágil, tem vídeos diferenciados, mais autorais. O que estamos fazendo é adaptar a linguagem de acordo com a plataforma, da maneira mais eficiente possível”, explica.
Na opinião de Rech, o digital afeta positivamente. “O mundo digital nos dá a possiblidade de distribuição de conteúdo como nunca se viu antes”, comenta o VP. “Zero Hora hoje tem um alcance muito maior do que há 25 anos. Este leque de opções aumentou a relevância do jornalismo”, garante Rech.

Neste mês de maio, Zero Hora vai comemorar 52 anos. Uma das ações para comemorar a data é um debate sobre o Futuro do Jornalismo. O Em Pauta ZH especial de aniversário será realizado no Instituto Ling, em Porto Alegre, nesta quarta (4), data em que se comemora a criação do jornal. Quatro painéis estão programados, reunindo profissionais como o repórter Marcelo Canellas, da TV Globo, e o jornalista Eugênio Bucci, de O Estado de S.Paulo e Época, além da diretora de redação de ZH, Marta Gleich, e do próprio Rech. Outra ação para comemorar a data é a mostra fotográfica de jornalismo 5X12.

Para compartilhar experiências com os futuros jornalistas, diversas faculdades do Rio Grande do Sul vão receber o ciclo de palestras que anualmente leva repórteres, editores e colunistas de ZH até a sala de aula. O roteiro inclui 15 cidades.

Como presidente do WEF, Rech batalha pela valorização do jornalismo profissional em contraponto à infinidade de informações sem certificado de origem. Segundo Rech, tem muito conteúdo sendo produzido amadoristicamente nas redes sociais, principalmente. “Trabalhamos muito a profissionalização da informação. O jornalismo profissional é que vai dar o atestado da realidade, dos checadores de fatos, da verdade. Este é nosso papel, de estabelecer claramente a diferença pelo patamar da qualidade. Isso tem valor para o assinante e para o anunciante”, comenta.

O próximo fórum está programado para ser realizado em Cartagena, de 10 a 12 de junho. A WAN tem 16 mil jornais associados em mais de 80 países. “O Fórum Mundial de Editores é o braço editorial dentro do Fórum Mundial de Jornais. Os grandes temas são a qualidade dos jornais, novas formas de linguagem, novas plataformas e proteção da reportagem investigativa. Nossa contribuição é muito ampla, vai desde treinamento para jornalistas no interior da África até a discussão avançada de plataformas mobile”, revela Rech.