“Octo é outra coisa”. Com este posicionamento, o Grupo RBS vai lançar na próxima sexta-feira (20), em Porto Alegre, o novo projeto de comunicação, liderado por Flavia Moraes, diretora de linguagem e inovação, chamado Octo, que será um pluricanal de experimentação de um novo jeito de se comunicar. Mais do que um canal de televisão, que vai substituir a TV Com, canal comunitário sintonizado no 36 da NET e UHF, será um projeto multiplataforma, com flexibilidade em tempo real e diálogo com o público.

“O grande foco de Octo é justamente seu estado de indefinição e experimentação constante. Nasce a partir das premissas do estudo The Communication (R)Evolution, que a RBS encomendou há dois anos”, lembra Flavia.

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 A proposta é desenvolver novas linguagens e padrões para produção e exibição de conteúdo. Além da televisão, o projeto aposta na integração e na colaboração com outros canais, como site, redes sociais e mobile, além dos demais veículos da empresa.

O Octo não terá intervalos comerciais nem banners. Também serão experimentados outros formatos comerciais para serem trabalhados através de conteúdos de marca. “Teremos parceiros e várias maneiras de trabalhar os conteúdos sem transformar o canal em matéria paga”, adianta. Os sete grandes temas, sendo um para cada dia da semana, que vão definir o posicionamento em relação aos assuntos e consequentemente atrair marcas afins. Os temas ainda estão sendo definidos, mas serão agrupados por assuntos como sustentabilidade, saúde e bem-estar; animais, happy hour e festas; futebol; diversidade e outros. “A ideia é ter pluralidade e criar reflexão”, explica Flavia.

A proposta da plataforma é desenvolver uma nova linguagem de experimentação que tem compromisso com seu resultado e com seu processo. “Vem dentro do grupo como uma sementinha. O maior compromisso é experimentar novas formas. O que, dentro de um grupo grande como a RBS, é muito mais complicado do que parece. A empresa tem um legado, um estilo, e inovar dentro de um grupo com uma personalidade tão forte é mais delicado e complicado ainda”.

De acordo com Flavia, a grande marca do projeto é justamente a indefinição. “Sabemos mais o que ele não é do que ele de fato é. Isso, no início, nos trazia angustia e ansiedade e, à medida que foi sendo trabalhado e desenvolvido, entendemos que essa era a grande fortaleza da Octo. É uma plataforma beta para experimentação, questionamento”, resume. “A gente não decreta, a gente pergunta. A gente não conclui, a gente provoca”, complementa.

Toda proposta foi desenvolvida em cima de quatro premissas: colaboração interna e externa; reflexão e inspiração/provocação; pluralidade e geolocalização.“Vamos fazer a construção do futuro, do novo de forma sistemática. É disruptivo. Queremos atrair um público que hoje não assiste mais televisão”, afirma.

O Octo não vai ter um estúdio, mas um espaço de coworking e colaborativo tanto de todos veículos do Grupo RBS como do público externo. O projeto vem sendo desenvolvido há um ano, logo depois da divulgação do estudo The Communication (R)Evolution em uma iniciativa liderada pelo presidente-executivo do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, juntamente com Flavia.