‘Guia de agências 25/26’ aponta principais modelos de atuação, uso de tecnologia, perfil das lideranças e formato de contratação com marcas

Mais de 70% das agências de comunicação no Brasil atuam como full service, segundo o ‘Guia de agências 2025/2026’, lançado pela B.done com apoio da Cuali Pesquisa.

O levantamento inédito traça um panorama do setor, apontando mudanças no perfil das estruturas, adoção de tecnologia, modelo de relacionamento com clientes e os principais serviços oferecidos.

A pesquisa ouviu lideranças de agências de todo o país, sendo 66% delas independentes e mais da metade com mais de dez anos de atuação, o que reforça a presença consolidada de estruturas fora dos grandes grupos. Ainda assim, 64% dos cargos de liderança seguem ocupados por homens, evidenciando uma lacuna importante em diversidade.

Segundo o estudo, mais de 70% das agências se posicionam como full service, enquanto 28,3% atuam com especialidades como marketing digital, conteúdo, performance e branding.

Entre os serviços mais ofertados estão planejamento estratégico, gestão de redes sociais, mídia digital e branding, resultado de operações híbridas e multidisciplinares.

A maioria das agências conta com equipes enxutas, de até 50 colaboradores. Apesar de 92% declararem o uso de ferramentas de inteligência artificial como ChatGPT e Midjourney, apenas 46% afirmam utilizar metodologias estruturadas de gestão. E mais de 28% ainda não possuem certificações técnicas em plataformas digitais.

Sobre a relação com os clientes, 73% das agências operam com contratos de fee mensal, e o tempo médio de retenção gira entre dois e três anos. Pressão por resultados imediatos, orçamentos restritos e desconhecimento por parte de clientes sobre o papel estratégico da agência aparecem como os principais desafios do modelo.

Mesmo diante desse cenário, o otimismo prevalece: 72% das respondentes esperam crescer em 2025 e 53% estão confiantes no futuro do setor.

(Crédito: Foto de Proxyclick Visitor Management System no Unsplash)