Pesquisa do IAB Brasil em parceria com a Offerwise indica que maioria vê publicidade como modelo legítimo
A maioria dos brasileiros prefere continuar acessando conteúdos e serviços digitais gratuitamente, mesmo com a presença de anúncios, a ter que pagar por essas plataformas. É o que aponta a quarta edição da pesquisa ‘Como seria a internet sem anúncios?’, realizada pelo IAB Brasil em parceria com o instituto Offerwise.
De acordo com o estudo, 69% dos internautas optam por consumir conteúdos gratuitos com publicidade, índice que vem crescendo nos últimos anos — eram 63% em 2023 e 2024. O levantamento também mostra que, caso tivessem que pagar por conteúdos, serviços on-line e aplicativos, 66% dos entrevistados afirmam que reduziriam o uso da internet.
A pesquisa também revela uma percepção positiva em relação à publicidade digital. Sete em cada dez brasileiros (71%) consideram que os anúncios são úteis no processo de decisão de compra, enquanto nove em cada dez internautas destacam a importância de poder escolher quais conteúdos desejam pagar ou não.
“A pesquisa demonstra que os brasileiros entendem que a publicidade digital é fundamental para tornar a internet mais democrática, acessível e inovadora. Os anúncios viabilizam o acesso a conteúdos gratuitos de qualidade ao mesmo tempo em que ajudam a personalizar a experiência do usuário e facilitar a jornada de compra”, afirma Denise Hruby, CEO do IAB Brasil.
O estudo analisou ainda a percepção dos usuários sobre o uso de inteligência artificial na publicidade. Mais da metade dos entrevistados (55%) avalia a tecnologia de forma positiva, mas aponta a necessidade de maior transparência em sua utilização. Outros 44% afirmam que a IA contribui para o direcionamento de anúncios mais relevantes de acordo com seus perfis.
A pesquisa ouviu 1.500 pessoas entre os dias 14 e 24 de novembro de 2025, considerando diferentes faixas etárias, gêneros e classes sociais, com o objetivo de compreender a relação dos brasileiros com a publicidade digital e o impacto de um eventual modelo pago para serviços hoje gratuitos.
Imagem do topo: Freepik
