Ricardo Silvestre, CEO da Black Influence, está no júri de PR Lions

Estreante no júri do festival, Ricardo Silvestre já foi listado pela Forbes Under 30, eleito uma das cem pessoas negras mais influentes do mundo pela Organização das Nações Unidas (ONU), e está entre os profissionais que mais contribuíram para o mercado de conteúdo e influência no Brasil, segundo o Youpix.

Com passagens por VML, Isobar, Tribal, F/Nazca e Africa, o executivo é fundador e CEO da Black Influence, agência especializada em influência e comunicação antirracista. Ele integra o júri de PR Lions e espera ”encontrar trabalhos que provoquem conversas relevantes e tragam contribuições reais para a sociedade”.

Potência criativa
É minha primeira vez como jurado em Cannes, e encaro essa experiência como um reconhecimento da potência criativa que vem das margens, das vozes que, muitas vezes, não são ouvidas no centro das decisões. Levo comigo esse compromisso de ampliar a escuta e a visão sobre o que é criatividade relevante hoje.

Bagagem
A minha trajetória é marcada pela luta por visibilidade e construção de narrativas que reflitam a realidade da maioria da população brasileira. Isso me torna um jurado atento aos silêncios, aos apagamentos e às tentativas de se apropriar de causas sem vivência. Busco verdade e transformação nos trabalhos que avalio.

Ricardo Silvestre, CEO da Black Influence: jurado em PR Lions (Divulgação)

Provocação
Hoje, acho impressionante como o PR está em alta, mas também é alvo de muita discussão sobre limites éticos. Por isso, a expectativa é encontrar trabalhos que provoquem conversas que sejam relevantes e tragam contribuições reais para a sociedade. Quero valorizar campanhas que não apenas comuniquem bem, mas que tenham a coragem de tocar em temas sensíveis com profundidade, responsabilidade e propósito.

Consistência
Valorizo ideias que mexem com a percepção coletiva, geram impacto de verdade e não se apoiam em fórmulas prontas. Que arriscam e, especialmente, colocam pessoas reais no centro das estratégias. É claro que vou avaliar a consistência e a verdade de todos os cases. Um case bom de PR precisa ter feito barulho real e com responsabilidade, precisa ter propósito por trás do buzz. Não quero celebrar os cases que viralizaram por viralizar. A criatividade precisa me provocar. Para mim, autenticidade, coerência com o contexto e capacidade de engajamento com públicos diversos são fatores fundamentais.

Leia a entrevista na íntegra na edição do propmark de 02 de junho de 2025