A cada dia, vemos um número cada vez maior de pessoas que estão dando sua preferência por comprar produtos de marcas que demonstram ter um compromisso genuíno com a sociedade, com a comunidade da qual fazem parte. São as marcas com atitude.

Essas marcas identificaram uma razão para suas existências que vai muito além de gerar lucro. Obviamente que não descuidam da necessidade de continuarem vendendo, ganhando participação de mercado e mantendo-se financeiramente saudáveis. No entanto, também estão se manifestando sobre as crenças e valores que as movem. É como se fosse uma visão ideológica sobre sua interação com o mundo e com as pessoas.

Empresas precisam ter CNPJ, mas marcas devem ter opinião. As marcas são entidades vivas, possuem personalidade e, como tal, devem revelar a essência que determina todas suas ações. Foi-se o tempo em que a finalidade da marca era apenas a de atestar qualidade.

O consumidor de hoje quer saber qual é a atitude da marca em relação a questões como: uso inteligente dos recursos, consumo consciente, inclusão social, diversidade, valorização das relações, igualdade de gêneros e outras que são parte da cultura da nossa época.

Seja uma marca de fast food ou refrigerante que se posiciona em relação à obesidade, uma marca de cosméticos que não se omite em abordar o tema da beleza idealizada ou de um banco que estimula o uso do crédito de forma moderada, toda empresa está sendo chamada a explicitar o que pensa e como tem contribuído para um contexto em que as pessoas possam viver melhor.

No Brasil e em todo o mundo, temos centenas de exemplos de como uma marca pode, de maneira autêntica, impactar positivamente a realidade de milhões, propagando costumes que reduzem drasticamente problemas de saúde, resgatando a autoestima de minorias, promovendo a tolerância, disseminando a consciência sobre a preservação do meio ambiente e muitas outras causas valorosas.

Com seu poder de influenciar e presentes em nossas vidas de maneira tão intensa, as marcas são uma das instituições com maior poder de formar opinião e, nessa condição, não podem deixar de exercer seu papel de referência de comportamento.

Em tempos como o que vivemos, de crise de valores, em que todos os dias somos surpreendidos por mais notícias e eventos que parecem conspirar para destruir nossa crença de que a natureza humana é virtuosa e de que fazer a coisa certa é o certo, precisamos ainda mais de inspiração que gere boas atitudes.

Existe uma frase de que eu gosto muito e que define muito bem a relação cada vez maior das pessoas com as marcas: “Gosto do que você faz, mas admiro como você pensa”. Esta é uma era nova da relação das pessoas com as marcas, e esta será a razão de as pessoas tomarem suas decisões e fazerem sua opção por uma determinada marca.