Antônia Martinelli Luperi lança o livro ‘Branding na era das redes sociais - cuidar das marcas nunca foi tão importante’

Sabe aquela expressão “filho de peixe, peixinho é”? Ela cai feito uma luva para Antônia Martinelli Luperi, de 17 anos, que, inspirada no exemplo da mãe, Sandra Martinelli, CEO da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), lança no próximo dia 20, na Livraria da Vila da Alameda Lorena, em São Paulo, o livro ‘Branding na era das redes sociais - cuidar das marcas nunca foi tão importante’, com um olhar voltado para a geração Z. “As marcas querem saber como se conectar com a geração Z e nada melhor do que ouvir nossa voz. A Gen-Z quer marcas autênticas, transparentes e que façam a diferença no mundo”, diz a jovem.

Inspiração
Sou filha de uma profissional de marketing – minha mãe, Sandra Martinelli, tem 40 anos de carreira na área e há 10 é CEO da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes). Desde que nasci convivo com esse universo do marketing dentro e fora de casa, o qual fui me apaixonando ao longo dos anos. Eu e meu pai sempre acompanhamos minha mãe no Festival Cannes Lions e, em casa, sempre foi comum analisarmos e comentarmos sobre as campanhas publicitárias. É um universo fascinante, o Brasil é um país muito criativo. Como uma jovem da geração Z e usuária das redes sociais, não pude deixar de perceber a entrada das marcas nesses canais e, principalmente, a mudança nos formatos das campanhas com relação ao que víamos na TV ou nas revistas, por exemplo. E é sobre isso que me propus a escrever, trazer meu olhar, de uma jovem de 17 anos, que pertence a essa nova geração, de como estou percebendo esse movimento de branding das marcas nas redes sociais.

Philip Kotler
Kotler é uma referência para quem estuda marketing e, em seus livros, ele já tinha previsto que as redes sociais causariam uma revolução na indústria da publicidade e que os consumidores teriam papel muito mais ativo. No meu livro, eu mostro como as ideias dele se conectam com o que a gente vê hoje nas redes sociais: o branding sendo usado para construir uma imagem positiva e forte das marcas e criar relacionamento mais próximo com os consumidores.

Autenticidade
A geração Z está exigindo muito mais das marcas. Queremos autenticidade, transparência e propósito. Isso tem feito as marcas reverem seus valores, posicionamentos e a forma de fazer publicidade. Não adianta só vender um produto, a marca precisa mostrar que se importa com as mesmas coisas que a gente. É como se fosse uma troca: eu consumo sua marca, mas o que você está dando em troca disso para contribuir para um mundo melhor, para preservar o meio ambiente, para uma sociedade mais justa, para combater o racismo? Se uma marca fala que apoia alguma causa, a gente quer ver ações concretas, não só palavras bonitas. Os jovens hoje têm muito mais clareza do que é marketing, do que é publicidade. Então, é fundamental ser transparente nas comunicações e ser autêntico ao defender causas ou isso será cobrado e questionado.

Era de cancelamentos
Se blindar 100% é impossível, mas as marcas que agem com responsabilidade, que não veiculam anúncios em locais que não sejam seguros ou confiáveis, que não deixam seus nomes serem vinculados a fake news ou a influenciadores preconceituosos ou com discursos de ódio, conseguem evitar os riscos de cancelamentos. Como as redes sociais permitem uma exposição grande e rápida, todo cuidado é pouco para garantir a reputação das marcas. Esse é o tema que eu falo em um dos capítulos do livro.

Criadores de conteúdo
Os criadores de conteúdo sabem como ninguém como se conectar com o público porque conhecem suas audiências, ouvem o que seus seguidores estão dizendo e participam de conversas reais. Eles criam comunidades engajadas que confiam em suas opiniões. Kotler já dizia que conversas espontâneas sobre marcas possuem mais credibilidade do que campanhas publicitárias voltadas para um público específico e isso explica o sucesso do marketing de influência e das comunidades. As marcas que estão se unindo e aprendendo com os influenciadores e as comunidades das redes sociais, estão saindo na frente.