CEO da empresa aponta previsões para o ano em que a plataforma completa 20 anos
No aniversário de 20 anos da plataforma, o CEO do YouTube, Neal Mohan, apresentou suas quatro previsões para 2025 em sua carta anual, divulgada nesta terça-feira (11). Entre os marcos destacados, Mohan apontou que a TV superou os dispositivos móveis, como celulares e computadores, tornando-se o meio mais usado para acessar o YouTube nos Estados Unidos.
Como primeira previsão, Mohan afirmou que os criadores estão se transformando nas novas “startups de Hollywood”. “Os criadores de conteúdo de hoje deixaram de filmar vídeos granulados de si mesmos em desktops para construir estúdios e produzir talk shows e longas-metragens”, disse. Ele citou Alan Chikin, que lidera um estúdio de 1.000 metros quadrados, e canais com mais de 75 milhões de inscritos e dezenas de milhões de visualizações por vídeo como exemplos desse crescimento.
Os criadores têm sido fundamentais para o sucesso da plataforma. Mohan destacou um aumento de 40% nos Clubes de Canais, um serviço semelhante ao Patreon, onde os espectadores pagantes têm acesso a vídeos exclusivos e outros benefícios oferecidos pelos criadores.
Outro destaque foi a audiência das transmissões das eleições do ano passado, que atingiu 45 milhões de espectadores nos Estados Unidos. “O YouTube continuará sendo o epicentro da cultura”, afirmou Mohan, lembrando grandes momentos transmitidos pela plataforma, como as Olimpíadas, o festival Coachella, o Super Bowl e a Copa do Mundo de Críquete.
O CEO também mencionou que o YouTube se consolidou como o serviço mais usado para podcasts nos Estados Unidos, tendência que se reflete no Brasil, com canais como o Flow Podcast, que já acumula mais de 5,71 milhões de inscritos.
Entre os novos recursos testados pela plataforma, Mohan citou o “Watch With”, que permite que os criadores forneçam comentários e reações em tempo real a jogos e eventos.
Ao final da carta, o executivo abordou o uso da inteligência artificial, destacando que a IA será uma aliada na expansão da criatividade dos usuários, sem substituir o talento humano. “Queremos que a IA complemente a criatividade humana, e não a substitua”, reforçou.
Ele também mencionou o lançamento de ferramentas como a Tela Fantástica e a Dream Track, que geram fundos para vídeos e imagens, além de trilhas sonoras instrumentais para os Shorts.
Segundo Mohan, a IA também tem ajudado os criadores a alcançar novos públicos, com mais de 40% do tempo de exibição de vídeos dublados vindo de espectadores que escolhem ouvir em um idioma diferente. No ano passado, o YouTube lançou a dublagem automática, que permite traduzir vídeos para vários idiomas, incluindo português.
(Créditos: Foto de Viralyft no Pexels)