18ª edição do relatório anual Life Trends destaca que mais da metade das pessoas está questionando o conteúdo que consomem online

A Accenture Song publicou a 18ª edição do relatório anual Life Trends e revelou que mais da metade das pessoas está questionando o conteúdo que consomem online, e 62% dos entrevistados afirmaram que a confiança é essencial ao decidir se vão interagir com uma marca.

"Hoje, a confiança online é uma questão crucial, com todos se tornando mais criteriosos sobre o que veem e acreditam. Naturalmente, essa mudança está influenciando a forma como os consumidores interagem com as empresas que disputam sua atenção", diz Nick Law, presidente criativo da Accenture Song.

A Accenture Song também identificou cinco macrotendências que preveem a mudança na relação entre tecnologia e usuários, além dos desafios e oportunidades que as marcas poderão enfrentar ao adaptar as estratégias para atender às novas necessidades dos clientes.

O preço da desconfiança

O levantamento da Accenture mostrou que mais da metade das pessoas agora questiona a autenticidade do conteúdo online. O desgaste da confiança afetou as compras online e as interações com marcas, uma vez que 33% das pessoas relataram terem sido vítimas de golpes ou ataques de deepfake no último ano.

A armadilha da parentalidade

Os dados da Accenture mostraram que pessoas de 18 a 24 anos têm mais que o dobro de chances, em comparação com aquelas acima de 55 anos, de afirmar que as redes sociais impactam sua identidade, e os estão enfrentando o desafio de ajudar a próxima geração a desenvolver uma relação saudável com a tecnologia digital.

Cerca de dois terços da geração Z e millennials reconhecem que passam mais tempo online do que gostariam - 67% e 64%, respectivamente.

Economia da impaciência

A pesquisa também revelou que, hoje, três em cada quatro consumidores desejam que as empresas respondam mais rápido às suas necessidades. Mais da metade prefere respostas rápidas e orientações, recorrendo a informações de fontes coletivas, mesmo correndo riscos em questões de saúde e finanças.

Os influenciadores cada vez mais têm abordado assuntos como saúde, riqueza e felicidade ao invés de focarem apenas em estilo, viagem e música.

Dignidade do trabalho

Com a entrada da inteligência artificial generativa no ambiente de trabalho, é necessário considerar a dignidade nas novas expectativas de como as pessoas trabalharão com a tecnologia. Três em cada quatro pessoas participantes afirmaram que consideram as ferramentas de IA generativa úteis no trabalho e que elas aumentam a eficiência (44%) e a qualidade do trabalho (38%), enquanto uma parcela teme que limitem a criatividade (14%), tornem o trabalho mais mecânico (15%) e gerem ansiedade em relação à segurança no emprego (11%).

Restauração do social

O estudo ainda captou que o desejo de equilíbrio entre tecnologia e momentos de alegria e bem-estar é crescente. 42% das pessoas atribuíram sua experiência mais prazerosa na última semana a algo que fizeram na vida real, enquanto apenas 15% mencionaram uma experiência digital.

"Ao adotar novas tecnologias para impulsionar o crescimento, não podemos deixar de lado a confiança e a humanidade", afirma David Droga, CEO da Accenture Song.

Crédito: Foto de Thomas Lefebvre na Unsplash