O Adweek divulgou uma lista com as 10 melhores campanhas de 2017, relativa aos Estados Unidos. As peças incluem desde temáticas densas como política, raça e causas sociais a estratégias mais triviais como o humor.  Não se trata de um compilado de campanhas mais premiadas, mas sim, daquelas que impactaram de fato na cultura popular.  Por coincidência, a número um da lista conseguiu as duas coisas. Confira! 

1) State Street Global Advisors – “Fearless Girl” (McCann New York)

A primeira colocação foi ocupada por “Fearless Girl”, a ação da consultoria SSGA que conquistou 4 Grand Prix no Festival de Cannes e que foi o melhor reflexo do ano de 2017 – em que “feminismo” foi eleita a palavra do ano pelo dicionário norte-americano Merriam-Webster. A ação criticava a falta de mulheres em cargo de liderança no setor financeiro dos Estados Unidos. Curiosamente, a dona da SSGA, a State Street, pagou uma multa de US$ 5 milhões por “pagar menos a mulheres e minorias”. Independente disso, a estátua de bronze da garotinha sem medo de Wall Street seguirá por anos como inspiração para uma geração.

2) Logic – “1-800-273-8255”

A música “1-800-27-8255”, do rapper Logic, teve o número escolhido para ser a linha direta com a National Suicide Prevention Lifeline. A ideia foi do próprio artista, que trabalhou com a entidade diretamente no projeto. A iniciativa simples e criativa para o delicado serviço fez milhares de pessoas escutarem as mensagens de esperança da letra. No dia do lançamento, foram 4.573 chamadas, alta de 27% em relação a um dia normal. O site da NSPL teve uma alta de 30% nas visitas nos dois meses seguintes ao lançamento da música.

3) Instagram “Stories Are Everywhere” (Wieden + Kennedy Amsterdam)

A ação é puro entretenimento, com cores, energia e grande craft, com grande parte da execução criativa sendo feita com o Stories do Instagram. O mérito da ação foi celebrar o processo criativo.

4) Nike “Breaking2” (Wieden + Kennedy Portland)

A ação da Nike que tentou ajudar atletas a quebrarem a barreira de 2 horas na disputa da maratona foi uma forma de explorar os potenciais e limites dos seres humanos. Por apenas 25 segundos, Eliud Kipchoge não conseguiu o feito.

https://youtube.com/watch?v=HAX8Qz37R3A%26nbsp%3B

5) The New York Times “The Truth Is Hard to Find” (Droga5)

No ano seguinte àquele em que fake news se tornou parte do vocabulário diário, o New York Times mostrou as dificuldades e o valor de se encontrar a verdade nas histórias. Através de fotos de Tyler Hicks e Bryan Denton, os filmes tentam valorizar o jornalismo e a necessidade de se valorizar os profissionais do setor.

6) Burger King “Bullying Jr.” (David Miami)

A David Miami ganhou dois Grand Prix em Cannes com trabalhos para Google e Burger King. Mas para o Adweek, a campanha que realmente impactou foi “Bullying Jr.”, em que uma câmera escondida mostrou reações das pessoas a um Whopper combalido, que “sofreu bullying”. Noventa e cinco por cento do grupo que recebeu o sanduíche foi reclamar, só que a campanha chama atenção para o fato de que uma parte boa deles sofreu bullying na infância.

 https://www.youtube.com/embed/mnKPEsbTo9s

7) Heinz “Pass the Heinz” (David Miami)

A publicidade foi criada por Don Draper, o personagem de Mad Men. Em 1968, ele apresentou uma campanha para Heinz que não mostrava o produto por inteiro, o que foi rejeitado. A ideia da David foi convencer o cliente a veicular o anúncio.

8) Procter & Gamble “The Talk” (BBDO New York)

A ação sobre desigualdade racial da P&G mostrou pais tendo conversas sobre “os perigos de crescer sendo negro nos Estados Unidos”.

9) Nespresso “Comin’ Home” (McCann New York)

A lista da Adweek tem um comercial com celebridades. No caso, George Clooney para Nespresso, sem dizer uma só palavra, contracena com Andy Garcia.

10) Halo Top “Eat the Ice Cream” (Lord Danger)

A marca de sorvetes Halo Top mostrou um cenário pós-apocalíptico em que um robô força uma pessoa a tomar sorvetes. A mistura de humor e terror foi ótimo para quem assistiu o comercial antes da transmissão de “It-A Coisa” nos Estados Unidos.