Feita pela VML, campanha 'Bye bye shark' quer reforçar que cação é, na verdade, carne de tubarão e raia, e destaca os riscos ao meio ambiente
A Sea Shepherd Brasil, organização de conservação marinha, lançou a campanha 'Bye bye shark' para alertar sobre os impactos do consumo de 'cação', nome popular dado a carne de tubarões e raias, inclusive ameaçadas de extinção.
Com uma animação inédita, a campanha investe em uma Ação Civil Pública (ACP) para interromper compras públicas dessas carne e exigir rotulagem correta no comércio, evidenciando quais são esses animais.
O filme da ação 'Bye bye shark', desenvolvido pela agência VML Brasil, conta com um mascote que faz alusão à música 'Baby shark', mas trocando por uma letra que reforça a mensagem sobre a pesca predatória e o papel do consumidor na preservação dos oceanos.
"Buscamos, usando elementos da cultura pop, sensibilizar as pessoas sobre algo que passa despercebido para a maioria de nós: muitas vezes, achamos que cação é um peixe abundante e uma opção saudável na alimentação, quando, na verdade, podemos estar contribuindo para a extinção de espécies ameaçadas e colocando nossa saúde em risco", comentam Gabriel Carletti e Victor Castelo, diretores de criação responsáveis pela campanha. "A linguagem da animação é uma forma de conectar as pessoas de forma mais emocional e palpável para o problema", complementam.
Além da ameaça à biodiversidade, a campanha destaca os riscos à saúde. Um estudo da Fiocruz, em parceria com a ONG, aponta altos níveis de metais tóxicos, como mercúrio e arsênio, na carne de tubarões e raias, com sérios riscos para o consumo humano. O Brasil, maior consumidor global de carne de tubarão, movimenta um mercado que explora espécies como o tubarão-azul, já vulnerável no Atlântico Sul, e o tubarão-martelo, criticamente ameaçado.
A campanha também conta com ações digitais, outdoors e parcerias com influenciadores para amplificar a mensagem, promovendo um debate essencial sobre sustentabilidade e proteção marinha.