Segmentação avançada, métricas confiáveis e experiências interativas estão no centro das expectativas das marcas com a atualização
A chegada da nova geração da televisão também entrou na pauta dos anunciantes, deslocando o meio do papel exclusivo de comunicação de massa e aproximando-o da lógica de dados e segmentação que molda o ambiente digital. Se no primeiro bloco deste especial o foco recaiu sobre a agenda e a estratégia das emissoras, nesta segunda parte a lupa está nas marcas e na cadeia que sustentará a mudança.
As entrevistas com C&A, Grupo Boticário e Coca-Cola, além de Magnite e o professor João Oliver, da ESPM, apontam para a mesma direção. A expectativa é unir o alcance da TV com a precisão dos dados, sem perder a experiência de tela grande que construiu marcas ao longo de décadas.
Para que isso ocorra, o mercado destaca pontos básicos: é preciso garantir escala, métricas claras, boa gestão dos dados e simplicidade de uso, evitando que a inovação se perca em dificuldades técnicas.
A TV no mix das marcas
Mesmo com a pulverização de audiências, a televisão segue como pilar de construção de marca, lembrança e conversa cultural. “A televisão segue sendo um canal extremamente relevante dentro do nosso ecossistema de mídia, pois nos permite alcançar escala, construir narrativas emocionais e conectar a marca a momentos culturais de grande relevância para o público”, afirma Carla Dart, diretora sênior de mídia e estratégia da The Coca-Cola Company para Brasil e Cone Sul.
“Hoje, mesmo em um cenário em que o consumo de mídia está cada vez mais fragmentado, a televisão mantém sua força como plataforma de impacto e se integra naturalmente com outros pontos de contato.”
Na moda, a televisão sustenta amplitude e desejo. “A TV segue sendo um pilar muito importante no mix de meios de comunicação, conectando culturalmente os brasileiros e criando conversas entre todas as gerações”, diz Cecília Preto Alexandre, CMO da C&A. “Para uma marca como a C&A, que traduz o agora há 49 anos no Brasil, estar presente na TV aberta é reafirmar nossa proximidade com a cultura brasileira e manter viva essa conexão afetiva.”

No varejo de beleza, a leitura é uma plataforma viva. “A televisão permanece como um meio extremamente relevante na mídia, especialmente pela sua capacidade de alcance e impacto em escala”, afirma Natália Calixto, diretora de gestão do valor do consumidor do Grupo Boticário. “Nos últimos anos, fomos pioneiros em explorar novas fronteiras dentro do ambiente televisivo, com investimentos consistentes em Connected TV. O consumidor transita entre telas e plataformas e, por isso, temos trabalhado a TV como parte de uma estratégia omnichannel integrada.”
Leia a matéria completa na edição do propmark de 06 de outubro de 2025