A introdução de anúncios é defendida como uma saída para a plataforma lidar com a perda de assinantes nos últimos meses

A entrada dos anúncios na Netflix está cada vez mais próxima. Segundo informações da Variety e do The Wall Street Journal, o modelo de assinatura com a presença de publicidade e custo mais baixo deve chegar ao mercado em 1º de novembro.

A introdução de anúncios é defendida como uma saída para a plataforma lidar com a perda de assinantes nos últimos meses. No primeiro semestre deste ano, cerca de 1,2 milhão de usuários cancelaram os serviços da empresa. Entre as razões, o aumento da competição no mercado de streaming e o cenário macroeconômico mais desafiador.

Segundo as publicações, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha devem ser os primeiros países a contar com a nova modalidade.

Em junho, ao anunciar os resultados financeiros do segundo trimestre, a Netflix havia informado que o novo modelo seria lançado no começo de 2023. A antecipação agora seria uma forma de fazer frente à Disney+, que pretende adicionar recurso semelhante a partir de 8 de dezembro.

O pedido atual da Netflix e da Microsoft, sua parceira de publicidade, aos anunciantes é US$ 65 por CPM (Custo Por Mil), segundo a Variety, investimento bem superior aos US$ 20 que o mercado está acostumado. Especula-se também que a plataforma pode adotar um modelo de 'leilão holandês', buscando compreender o que os compradores de mídia estão dispostos a pagar, e que está solicitando um compromisso de investimento mínimo de US$ 10 milhões anuais das agências.

Aos anunciantes e potenciais compradores de mídia, a Netflix disse que espera contar com 500 mil assinantes até o fim do ano. O preço no novo modelo está sendo cotado entre US$ 7 e US$ 9 nos Estados Unidos. Procurada pela Variety, a e empresa preferiu não emitir comentários.