ABA, Abap, Fenapro, ANJ, Aberje e Abracom, além da Natura, repudiaram os ataques à democracia na capital federal
Dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, a Meta vai remover e bloquear todo e qualquer conteúdo em defesa dos atos antidemocráticos que aconteceram neste domingo (8), em Brasília, quando pessoas invadiram as sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário.
De acordo com um porta-voz da Meta, em entrevista à BBC, a empresa disse que excluiria imediatamente as postagens que incentivaram a invasão na capital federal. "Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos excluindo conteúdo que viole nossas políticas."
“Antes mesmo das eleições, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e passamos a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos. No domingo, também designamos este ato como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiam ou exaltam essas ações".
No Brasil, entidades se manifestaram contra os atos antidemocráticos de ontem. A Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade) e a Fenapro (Federação Nacional das Agências de Propaganda) disse que a 'democracia é um dos pilares de sustentação para a construção de um desenvolvimento sustentável no Brasil. Ataques ao Estado Democrático de Direito, não importa de qual lado político partam, não podem ser tolerados'.
Além disso, as duas associações pedem que os responsáveis pelas cenas de vandalismo e também de agressão aos profissionais de imprensa no exercício do seu trabalho precisam ser rigorosamente investigados e punidos.
A ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) reiterou que o respeito à Constituição e às instituições 'é imprescindível para que o Brasil avance nas questões sociais e econômicas'.
A ANJ (Associação Nacional de Jornais), por sua vez, também condenaram 'da forma mais veemente os crimes contra a democracia que se desenrolam em Brasília'. A associação disse ainda que a liberdade de imprensa é inerente ao Estado democrático de direito, 'que não pode tolerar ou conviver com a baderna e o vandalismo'.
"A ANJ condena ainda os ataques a jornalistas que fazem a cobertura das invasões em Brasília e exige uma posição firme das forças de segurança contra essas agressões e os atentados à liberdade de imprensa e à democracia", finalizou o texto.
A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) também repudiou os ataques à democracia. Em nota, a Fenaj denuncia 'firmemente esse agrupamento que insiste em desafiar a Constituição, mantendo acampamentos em frente a quartéis do Exército, promovendo ações terrorista em Brasília e pedindo intervenção militar'.
A Abracom (Associação Brasileira das Agências de Comunicação) condenou os ataques contra a democracia. "O respeito às urnas e às instituições é fundamental para que a sociedade brasileira tenha a tranquilidade necessária para avançar na solução das principais questões sociais e econômicas do país".
Outra entidade, a Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) disse que 'a prosperidade dos negócios e o diálogo entre instituições e sociedade só são possíveis em um país em que vigoram a democracia plena, o respeito às urnas e às instituições do Estado'.
"Não se pode confundir a liberdade de expressão e de manifestação com a incitação e a realização de crimes previstos em lei. É imprescindível que as instituições cumpram seu papel e que os responsáveis envolvidos nos ataques sejam punidos de acordo com a lei."
No universo das marcas, a Natura se manifestou dizendo, em nota, que repudia os atos deste domingo em Brasília. "Esses atos criminosos representam uma afronta à democracia brasileira, em uma tentativa de calar as instituições constituídas e silenciar os espaços públicos de diálogo.
"As cenas a que assistimos neste domingo se opõem a nossas crenças e razão de ser. Somos uma construção coletiva de uma rede enorme de consumidores, consultoras e colaboradores, com posicionamentos políticos e ideológicos plurais, que valoriza a diversidade de ideias e o debate democrático como instrumentos para o progresso da civilização”, disse a marca.
(Nota atualizada às 14h55)