Márcio Faria reúne 26 obras abstratas na mostra Geometria Sensível,
que fica aberta até o dia 20 deste mês, na Galeria Arte Aplicada
Artista plástico com trabalho influenciado pelo neoconcretismo brasileiro - movimento que surgiu na década de 1950 e valorizava a subjetividade nos processos artísticos, incentivando uma arte mais libertadora -, Márcio Faria inaugurou no último dia 6 a sua primeira exposição individual na Galeria Arte Aplicada, em São Paulo. 'Geometria Sensível' reúne 26 obras no total, entre relevos, esculturas e impressões de fine art. A mostra fica aberta até 20 de agosto.
“Meu trabalho é abstrato, mistura formas geométricas com o negativo, que são os espaços vazios. As obras acabam se tornando mutáveis dependendo do ângulo que o espectador olha, captando diferentes percepções”, explica Faria, que também está com esculturas expostas na Casa Cor 2022.
O trabalho criativo de Márcio Faria se caracteriza por esculturas em aço carbono oxidado ou pintado, contrastando com bases em madeira de demolição. O uso da geometria em suas obras se traduz em uma linguagem que evoca o neoconcretismo brasileiro.
“Crio esculturas de aço carbono misturado com madeira, tem um diálogo pensando na madeira não como uma base, mas como parte da obra. Tento integrar uma coisa com a outra. Acabo fazendo todo o processo do trabalho, inclusive de pintura, isso só muda quando a escultura é muito grande. O corte do aço acabo terceirizando e foco na parte de montagem e acabamento”, diz Faria.
Segundo o artista, a exposição não conta com patrocínio e acabou sendo adiada por causa da pandemia. “A gente ficou procurando um momento bacana em que as pessoas poderiam ir mais tranquilas para ver a mostra”, conta ele.