Jurado em Entertainment Lions, Luis Justo também reflete sobre o lugar da IA na criação

Luis Justo, CEO da Rock World, é jurado da categoria Entertainment Lions, área que representa o papel das marcas na sociedade. “Elas precisam não só se tornar conteúdo, mas entreter os seus potenciais e futuros consumidores”, explica.

Com passagem também pelo mercado da moda, Justo empresta ao júri uma visão executiva conectada à experiência real de cocriação entre marcas e audiências. A seguir, ele compartilha as expectativas sobre os trabalhos inscritos e reflete sobre o lugar da inteligência artificial na criatividade.

Esta é a primeira vez que Justo é jurado da premiação.

Surpresa
Tenho uma bagagem de 20 anos como CEO de empresas na indústria criativa. Esta é a minha primeira vez no júri do Cannes Lions, e estou superimpressionado com a metodologia, a governança e o trabalho duro que nós, jurados e organizadores, temos pela frente. O trabalho nos bastidores impressiona tanto quanto aquilo que se vê no palco.

Previsões
O Cannes Lions é, sobretudo, uma grande celebração à capacidade criativa do ser humano aplicada à comunicação das marcas e geração de negócios. Como jurado, a minha expectativa é poder contribuir, a partir desse acesso privilegiado, com o que há de vanguarda e de mais criativo, e poder levar
ao mundo o conhecimento das peças que mais se destacaram e possam inspirar mais criadores.

Entretenimento
A minha categoria de Entretenimento vai ao encontro do que mais acredito. Estamos em uma disputa por atenção, na qual as marcas não podem mais aparecer como uma interrupção. Elas precisam não só se tornar conteúdo, mas entreter os seus potenciais e futuros consumidores. O que espero nessa categoria é me divertir também como jurado por meio de campanhas e abordagens inesperadas e inovadoras.

Justo: “Tenho uma bagagem de 20 anos como CEO de empresas na indústria criativa”

Inovação
Sempre que uma tecnologia desponta é esperado que muitos criadores se utilizem ou valorizem o seu uso para demonstrar a conexão da marca com o ambiente de inovação. No caso da inteligência artificial, mais do que o assunto, ela é uma ferramenta que certamente estará por trás de muitos trabalhos, seja como protagonista ou como solução para a implementação de uma grande ideia. Mas, acredito também que muitos criadores se aproveitarão do tema para ser contrarrevolucionários e trazer a simplicidade da ideia pura que valoriza o humano. Estou curioso para ver o que vem por aí.

Leia a entrevista na íntegra na edição do propmark de 02 de junho de 2025