Objetivo da Alaf é apoiar a capacidade de agenciamento de diferentes setores para enfrentar crises sistêmicas globais
A Associação Latina de Futuros (Alaf) chegou ao mercado com o objetivo de apoiar a capacidade de agenciamento de diferentes setores para enfrentar crises sistêmicas globais com base nas metodologias de Estudos de Futuros.
Essa disciplina mapeia riscos e oportunidades com base em dados que conectam evidências de futuros potenciais a estratégias concretas, ganha relevância diante da emergência climática e das crescentes disparidades sociais.
Com serviços focados em consultoria e educação, a associação surgiu como um reflexo da tendência por mudanças de valores dentro das empresas, impulsionadas pela crise climática e pelas desigualdades sociais, que incentivam a responsabilidade corporativa e os critérios ESG (sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança).
ALAF busca desenvolver líderes capacitados em Alfabetização em Futuros, habilidade considerada essencial para o século 21 por organizações como a Unesco. De acordo com a projeção da GSIA (Global Sustainable Investment Alliance) investimentos alinhados a esses critérios podem superar US$ 40 trilhões globalmente até 2030. Regulamentações são importantes para esse setor, para que não ocorra o chamado 'greenwashing' - prática de empresas que se promovem como sustentáveis sem adotar ações reais, enganando consumidores e investidores.
Segundo Lydia Caldana, idealizadora e presidente da ALAF, e estrategista de futuros, a organização se compromete a criar um impacto positivo ao auxiliar empresas, governos e organizações a liderar uma transição justa e sustentável. “Temos nas mãos uma ferramenta poderosa para aqueles que não querem apenas sobreviver às mudanças, mas liderar a transição para um futuro mais justo”, afirmou.
Lua Couto, diretora do eixo Futuras Gerações da ALAF e pesquisadora de Narrativas Regenerativas, destaca a importância de proteger interesses das futuras gerações, transformando estruturas sociais. “As mudanças climáticas são uma manifestação de como habitamos a Terra, mas o problema vai além disso, tocando o consumismo, o capitalismo e o colonialismo”, explica.
Além da temática central do bem-estar das Futuras Gerações, outros três eixos orientam as ações da ALAF: 'Mais que humanos', saberes ancestrais e identidade latina e longo prazo.
A agenda de lançamento inclui a participação na 3ª edição do Dubai Future Forum, no próximo dia 19, e uma masterclass gratuita sobre alfabetização de futuros no contexto latino-americano, oferecida neste dia 12 pela vice-presidente Joice Pereira, especialista em Foresight Social.
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