Lula Vieira
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Já é Natal?
Esta história eu já contei para vocês. Mas minha vocação para tiozão de porre no Natal não morreu. Estamos chegando próximo da “Data Máxima da Cristandade”, como se dizia antigamente, e não aguento de vontade de recontar. Nossa editora me manda e-mails irritadíssimos quando descobre que estou me repetindo. Minha
Picadinho
“De certa forma, a ausência de emoção de Vossa Majestade é uma bênção. Ninguém precisa de histeria num chefe de Estado”. Harold Wilson para a Rainha Elizabeth II, que lamentava não conseguir chorar em público. Era um sábado na hora do almoço. Encontrei-me com Nelsinho Batista, na época diretor da
A solidão do coworking
Estou trabalhando provisoriamente num coworking. É a primeira vez que me acontece isso: conviver com desconhecidos num ambiente que lembra uma mistura de fábrica antiga com parque de diversão infantil dentro de uma lanchonete, numa decoração de aeroporto e silêncio de igreja. As chamadas estações de trabalho se resumem a
Três histórias policiais
A secretária me exibiu o cartão de um dos homens na antessala. Hermes de Oliveira Filho. Departamento de Ordem Política e Social. Um frio me escorreu pela espinha. Como todo cristão, sou culpado. Eles me acharam! Alguma eu fiz, sem dúvida. Uma vida inteira de iniquidade finalmente ia receber a
A volta do Canecão
Nestes dias terríveis que estamos vivendo, neste clima de expectativa, de discussões sobre passado e futuro do país, qual a importância da notícia de que o Canecão poderá ser reaberto? Imensa, maior do que podemos imaginar. É preciso lembrar que não houve no Brasil uma casa de espetáculos como o
Tira gostos variados
Meu amigo Mauro Ventura tem a mania de tomar nota de tudo que acontece perto dele e pode se transformar em boas crônicas. Mas, ao contrário de outros escritores que portam um caderninho para anotar suas ideias, Mauro nunca tem onde escrever. Então, ao chegar em casa, é obrigado a
Da Vinci, um cozinheiro
Foram descobertos recentemente escritos de Leonardo da Vinci sobre culinária. Não bastasse ser pintor, escultor, músico, cientista e inventor, Leonardo foi também cozinheiro. E enquanto estava com a mão na massa aproveitou para criar algumas máquinas para cozinha. E inventou também o guardanapo, que dito assim parece uma coisa banal.