Fast channels se sustentam por publicidade e operam com tecnologias que permitem segmentação, interatividade e inteligência de dados

Após o crescimento da audiência e a consolidação dos hábitos de consumo via TV conectada, o foco agora recai sobre o funcionamento do modelo fast. Como esses canais são estruturados? Quais os caminhos para viabilizar uma operação 100% gratuita ao público? De que forma plataformas, veículos e anunciantes colaboram para transformar a experiência de conteúdo linear em ambientes digitais?

Com presença crescente nas smart TVs, os canais fast simulam a lógica da programação tradicional, mas se sustentam exclusivamente por publicidade e operam com tecnologias que permitem segmentação, interatividade e inteligência de dados. Em um cenário de saturação dos modelos por assinatura, o formato gratuito e escalável vem sendo explorado por grandes grupos de mídia e marcas digitais, além de distribuidoras embarcadas nos aparelhos, como Samsung e TCL.

Nesta segunda parte do especial, o propmark ouviu os bastidores da operação. A reportagem conversou com executivos das principais distribuidoras e canais do país, como Samsung TV Plus, TCL Channel, Jovem Pan, UOL, Times Brasil, UOL e Caras TV, para entender como esse ecossistema é construído, da curadoria à monetização, passando pelos desafios técnicos e a recepção do mercado anunciante.

A criação de um canal fast parte de uma curadoria com propósito. Aline Jabbour, diretora sênior da Samsung TV Plus para a América Latina, explica que o ponto de partida não é técnico, mas estratégico. “Antes de qualquer aspecto técnico, avaliamos se aquele canal faz sentido dentro do nosso portfólio. Também consideramos a robustez técnica e o potencial comercial, sempre pensando na experiência do usuário e no valor que aquele conteúdo pode gerar dentro da plataforma.”

A partir dessa análise, a operação se estrutura com definição editorial, ferramentas de playout, integração com plataformas e viabilidade comercial. Luiz Felipe Reis, gerente de conteúdo do TCL Channel, lembra que o modelo é acessível e atrai produtoras independentes e criadores de conteúdo digital. “A partir da definição do conceito, é preciso montar a grade de programação, estruturar a operação técnica com ferramentas de playout e integração com os agregadores, e garantir que o canal seja relevante para a audiência e comercialmente viável.”

No Times Brasil, o maior desafio foi o tempo. “O lançamento do projeto até a estreia levou apenas seis meses. Foi um período muito intenso de obra, montagem de equipe, grade de programação, definição dos contratos e  estruturação da empresa”, lembra André Ramos, VP de jornalismo e multiplataforma.

Leia a matéria completa na edição do propmark de 21 de julho de 2025