Estudo prevê enorme crescimento até 2029

A H2 Gambling Capital estima que o mercado legal de apostas online e de iGaming no Brasil poderá atingir 10,1 mil milhões de dólares em receita bruta (GGR) até 2029. Esse valor representa quase o dobro do que se prevê para 2025, quando o mercado deverá alcançar 5,6 mil milhões de dólares.

Betano e Bet365: as gigantes do mercado
O estudo da H2 Gambling Capital constatou que ainda há alguma desconfiança no mercado e que a Bet365 é a marca que os brasileiros mais confiam e mostra também que o código de bônus bet365 é um dos mais utilizados.

Apesar disso, a Betano lidera. Provavelmente devido às suas estratégias de marketing digital com presença maciça e constante na mídia.

Apostas esportivas

A H2GC prevê que, em 2025, as apostas desportivas representem cerca de 55% da receita bruta do jogo online no Brasil. O futebol será o responsável por 86% da GGR das apostas desportivas e por 78% do volume de apostas. Estes números sublinham a importância do futebol como o principal foco para as casas de apostas que procuram crescer no mercado brasileiro.

Como se comportam os brasileiros nas apostas? A primeira coisa que é importante referir é a uma atividade. Diz o senso comum que as pessoas gastam boa parte do seu tempo em redes sociais, mas os brasileiros também passam muito tempo em apostas, sendo que 50% apostam semanalmente enquanto 21% fazem apostas diárias.

As apostas múltiplas, em particular, são uma das principais apostas feitas, com uma margem de 21,5%, em comparação com 6,7% para as apostas simples. As apostas in-play também têm ganho popularidade, representando 60% do volume total de apostas, enquanto as apostas pré-jogo (pre-match) ficam na faixa de 40%.

O Futuro do jogo online no Brasil: projeções para 2026

Com a legalização do mercado em 2025, espera-se um crescimento exponencial no número de contas ativas. 39 milhões de contas - este é o número que se estima que estejam ativas no Brasil. É um número surpreendente e quase que supera algumas redes sociais como, por exemplo, o LinkedIn.

Comparando com outros mercados, o Brasil, com 39 milhões de contas ativas, corresponde a cerca de 9% da população adulta. Os brasileiros não estão sozinhos. Esta tendência é vista ao redor do mundo e mercados como Reino Unido ainda têm um número mais significativo de apostadores. Lá, por exemplo, 24% dos adultos têm uma conta ativa e apostam regularmente. Portugal também tem números altos. Apenas os Países Baixos legalizaram recentemente e há um grande desinteresse da população neste universo, onde apenas 5% têm uma conta ativa.

Proteção ao jogador: O desafio da legalização

A legalização também trouxe preocupações, nomeadamente, a dependência. Quem já jogou sabe que este "universo" pode ser bem viciante. As dopaminas (enzima do cérebro responsável por libertar prazer) são muitas e quando isso acontece há uma tendência para que haja necessidade de repetição. No caso da repetição ser muito frequente estamos perante uma adição e não um hobby.

O Brasil criou várias entidades responsáveis por estarem "atentas" e tentarem perceber de que modo as apostas online impactam a vida das pessoas. A personalização das mensagens enviadas aos jogadores foi apontada como uma forma eficaz de promover o jogo responsável. Mensagens adaptadas aumentaram em 100% a eficácia em comparação com mensagens genéricas, e 70% dos jogadores consideram úteis as notificações sobre perdas elevadas.

Nada melhor que terem também conhecimento de casos reais de outras pessoas que viram as suas vidas impactadas negativamente. Algo é certo sobre as apostas: se forem feitas com responsabilidade podem ser um hobby. Se forem feitas sem ponderação, podem ser algo perigoso.