Dados são da Pesquisa do Orgulho, feita em parceria com o Datafolha e com o apoio da ONG All Out

A Havaianas apresentou os dados da Pesquisa do Orgulho, feita em parceria com o Datafolha e com o apoio da ONG All Out, que mapeou a população LGBTQIA+ no Brasil e as percepções dessa população sobre mercado de trabalho, garantia de direitos e representatividade.

A pesquisa foi apresentada durante uma mesa redonda, promovida pela marca nesta quarta-feira (21), em São Paulo, que contou com a presença da consultora de inovação e diversidade Cristina Naumovs, Ana Andrade (gerente sênior de campanhas para a América Latina com a All Out), Maria Fernanda Albuquerque (VP global de marketing da Havaianas), Paulo Alves (Instituto Datafolha), a estilista Isaac Silva e a cantora Pepita.

“Essa pesquisa é mais um passo importante na caminhada LGBTQIAPN+ no Brasil. Como o nome já diz, queremos que as pessoas tenham cada vez mais orgulho de serem quem são. A gente acredita que falar sobre isso é papel da sociedade, mas também das marcas inseridas nela”, afirmou Maria Fernanda Albuquerque, VP global de marketing da Havaianas.

De acordo com o estudo, 9,3% das pessoas se identificam como LGBTQIAPN+ na população adulta brasileira (16 anos ou mais) e os números tendem a aumentar nas regiões metropolitanas (11%). Além disso, a pesquisa também mostrou os mais jovens (pessoas entre 16 e 24 anos) são os que mais se identificam como LGBTQIAPN+, representando 18% da comunidade no Brasil e que a maioria das pessoas que se identificam como LGBTQIAPN+ é solteira (59%) e sem filhos (70%).

“É até emocionante ler os resultados da Pesquisa do Orgulho e finalmente ter algumas respostas que buscamos há tanto tempo, como, por exemplo, quantas pessoas LGBTQIAPN+ nós somos no Brasil. Agora que temos mais informações, contamos com  mais ferramentas para seguir na luta por igualdade completa de direitos – o que os próprios resultados mostram, ainda é um desafio muito grande”, ressaltou Ana Andrade, gerente sênior de campanhas para a América Latina com a All Out.

Um dado apresentado pelo estudo, uma a cada quatro pessoas que não se identificam como LGBTQIAPN+ não concorda que a comunidade deva ter os mesmos direitos que eles. Este dado caminha ao lado de outros apontados pela pesquisa como:

  • 62% da população LGBTQIAPN+ economicamente ativa não falam com frequência sobre sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho e, nesse ambiente, o assunto é abordado às vezes, raramente ou nunca.
  • Em comparação com o restante da população, a hostilidade ou preconceito dentro da família é 16p.p maior entre pessoas LGBTQIAPN+;
  • Sete a cada 10 pessoas LGBTQIAPN+ economicamente inativas sentem que não são avaliadas apenas pelas suas qualificações profissionais em entrevistas de emprego;
  • Na população LGBTQIAPN+, 17% sempre sofrem discriminação. Esse número é quase o dobro se comparado com a população não-LGBTQIAPN+ (9%);
  • Apenas 34% das pessoas não-LGBTQIAPN+ concordam totalmente que é comum demonstrações públicas de afeto entre casais homoafetivos.  

A pesquisa na íntegra pode ser acessada pelo site, que também está disponível para que as pessoas e marcas interessadas em fortalecer a sua relação com a comunidade LGBTQIAPN+ se tornem aliadas da causa.